Homem que ameaçou pastora por casamento homoafetivo em Maceió é indiciado por 3 crimes

A Polícia Civil de Alagoas concluiu, nesta terça-feira (28), o inquérito que investigava as ameaças contra a pastora Odja Barros, da Igreja Batista do Pinheiro (IBP), que realizou a celebração religiosa de um casamento homoafetivo entre duas mulheres em Maceió. Um homem de 25 anos, que não teve a identidade divulgada, foi localizado, confessou o crime em depoimento, mas não ficou preso.

O homem que confessou as ameaças mora em Maceió. No dia 21 de dezembro, a polícia informou que ele tinha sido identificado, fez buscas em seus endereços, mas não o encontrou. Agora, com os depoimentos, ele foi indiciado pelos crimes de ameaça, intolerância religiosa e homofobia.

O inquérito policial será enviado à Justiça. De acordo com a delegada que coordenou as investigações, Luci Mônica Rabelo, o jovem relatou em depoimento que fez as ameaças por não concordar com o casamento de pessoas do mesmo gênero e de ateus, e que era um teólogo, uma pessoa cristã, “um estudioso da bíblia”.

A pastora recebeu áudios do homem dizendo que ia dar cinco tiros na sua cabeça e que estava monitorando a família dela. Uma foto com alguém segurando uma arma de fogo também foi enviada nas redes sociais da líder religiosa.

Questionado sobre a arma vista na foto, o homem respondeu que o objeto não era dele e que foi uma imagem que alguém teria enviado a ele pela internet. O jovem não contou quem enviou a foto.

Participaram da ação de identificação do suspeito policiais da Delegacia do 9º Distrito Policial, com o apoio da equipe da Delegacia de Crimes Cibernéticos, ligada à Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e do Grupo Especial de Apoio à Investigação (Geai), da Polícia Civil.

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