Mãe de Henry e Suzane Richthofen: o ponto em comum no plano de defesa

Rio de Janeiro – Responsável pelo processo criminal movido contra Suzane von Richthofen, que matou os pais, o procurador Nadir Campos Júnior vê semelhanças ao menos na estratégia de vitimização utilizada por Suzane e por Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel.

A semelhança de estratégia ocorre pelo fato de a defesa de Monique ter se dedicado, depois da prisão dela em abril deste ano, a apresenta-la como vítima da conduta e das ações do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o “Dr. Jairinho”, o ex-namorado que é acusado de ter provocado a morte do menino Henry Borel após inúmeras sessões de tortura.

No entendimento do procurador, a semelhança existe porque Suzane também alegou que foi vítima da conduta do seu namorado à época, Daniel Cravinhos. Nessa estratégia, Suzane tentou alegar que não foi responsável por articular o assassinato de seus pais, tentando transferir a responsabilidade apenas para o namorado. A versão não foi considerada fidedigna, pois a investigação encontrou provas para desmontar essa versão.

“Pelo que tem ali, há uma autoria por parte do doutor Jairinho e há uma participação, ainda que não desejando a morte, da Monique. Se ela assumiu risco desse resultado (a morte), não intervindo, não atuando como mãe, ela acabou agindo com dolo eventual, que é quem assume risco de produzir um resultado”, avalia o procurador.

Caso a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, entenda que há indícios de autoria e responsabilidade de Jairinho e Monique em provocar a morte de Henry, o ex-casal será levado posteriormente ao tribunal de júri, onde, só nessa etapa, jurados irão decidir se atribuem, ao fim, responsabilidade pela morte do menino.

 

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