Caso Henry Borel: entenda como será a continuação da audiência de instrução em julgamento
Acontece nesta terça-feira (14), na 2ª Vara Criminal da Capital, a continuação da audiência de instrução e julgamento do caso Henry Borel. A sessão terá início às 9h30 e serão ouvidas 10 testemunhas de defesa e duas de acusação.
O menino de 4 anos morreu no dia 8 de março e, de acordo com a denúncia, foi vítima de torturas realizadas pelo padrasto e ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho. A mãe do menino, Monique Medeiros, também irá responder por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. (Relembre o caso abaixo).
A audiência de instrução e julgamento presidida pela juíza Elizabeth Machado Louro teve início no dia 6 de outubro com o depoimento de dez testemunhas de acusação durante mais de 14 horas de audiência.
Na ocasião, duas testemunhas faltaram à audiência e o promotor de Justiça, Fábio Vieira dos Santos, insistiu em suas oitivas, assim como as defesas de Jairinho e Monique. São elas:
Leila Rosângela de Souza Mattos, empregada de Jairinho e Monique;
Tereza Cristina dos Santos, cabeleireira que viu ligação entre Monique e Henry em um salão.
Após esses depoimentos, as testemunhas de defesa convocadas pelas defesas de Jairinho e Monique Medeiros devem começar a serem ouvidas. Por serem muitos depoimentos, a audiência continua na quarta-feira (15).
A defesa de Jairinho, exercida pelo advogado Braz Sant’Anna, convocou:
- Thiago Kwiatkowski Ribeiro – foi vereador na Câmara do Rio ao lado de Jairinho e atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Município;
- Herondina de Lourdes Fernandes – Tia de Jairinho;
- Luiz Fernando Abidu – filho mais velho de Jairinho;
- Cristiane Isidoro – ex-assessora de Jairinho;
- Muriel de Albuquerque Nóbrega – Ex-companheira de Jairinho;
- Fernanda Abidu Figueiredo – Ex-companheira de Jairinho e mãe de Luiz Fernando;
- Rogério Baroni – Motorista da família;
- João Guilherme Câmara Santos – Ex-assistente de Jairinho;
- Ricardo Garcia de Góes – Médico legista;
- Sami Jundi – Médico especialista em medicina legal e perícia médica;
- Sigmar Rodrigues de Almeida – Policial civil.
Além dessas, algumas testemunhas em comum com a acusação já foram ouvidas no dia 6 de outubro.
O Tribunal de Justiça do Rio convocou para o dia 15 de dezembro as seguintes testemunhas de defesa para Monique Medeiros, de acordo com a orientação dos advogados dela, Thiago Minagé e Hugo Novais:
- Glauciene Ribeiro Dantas – Babá de Henry Borel dos 2 aos 4 anos de idade;
- Reinaldo César Pereira Schelb – Capitão da PM;
- Renata Alves Medeiros de Souza Fernandes – Prima de Monique e pediatra do Henry;
- Julieta Fernandes da Costa e Silva – Tia paterna de Monique Medeiros;
- Natasha De Oliveira Machado – ex-namorada de Jairinho;
- Adriano França – Delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima;
- Antenor Lopes – Diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital;
- Elisa Walleska Kruger – Psicóloga;
- Lorenzo Parodi – Perito contratado pela defesa de Monique para analisar documentos e provas;
- Jairo Souza Santos – Coronel Jairo, pai de Jairinho;
- Rafaela Pimentel Amaral – Melhor amiga de Monique;
- Bruno Bass – Cabelereiro de Monique;
- Rosangela Medeiros – Mãe De Monique;
- Bryan Medeiros da Costa E Silva – Irmão De Monique;
- Ana Paula Medeiros Pacheco – Prima de Monique por parte de mãe.
Além dessas, outras testemunhas que também serviriam à defesa de Monique já foram ouvidas no dia 6 de outubro.
Monique e Jairinho estarão presentes
Desta vez, ao contrário do dia 6 de outubro, não houve qualquer pedido para que os acusados Monique Medeiros ou Jairo Souza Santos Júnior não estivessem presentes à audiência. No primeiro dia da ação, o ex-vereador participou apenas por videoconferência, do Complexo de Gericinó.
Audiência de Instrução e Julgamento
É uma audiência em que são produzidos elementos probatórios de que houve um crime que deve ir a julgamento. A sessão conta com a presença das partes, seus advogados, testemunhas e possíveis peritos que farão o convencimento ou não do julgador. Dependendo do que está sendo analisado, pode ser oferecida uma tentativa de conciliação entre as partes.
O caso
Monique e Jairinho estão presos desde 8 de abril deste ano acusados pela morte do menino Henry Borel. De acordo com as investigações, a criança morreu por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Um laudo aponta 23 lesões por ‘ação violenta’ no dia da morte do menino.
O ex-vereador teve um pedido de habeas corpus negado pelos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Já a professora entrou com um pedido de relaxamento de prisão no Supremo Tribunal Federal.