Não permita que o medo de mudar congele a sua vida

Nesse plano terreno mudar não é uma opção por mais que tentamos manter uma certa imobilidade, a vida vai se encarregar de puxar alguns tapetes para que possamos evoluir. Quando nascemos já experimentamos a mudança de temperatura, ruídos e cheiros, somos tocados e sentimos uma série de sensações até então desconhecidas. Vamos mudando todos os dias, nosso corpo, nossas células, viver é um processo de constantes transformações. Aprendendo muitas coisas, vamos acumulando bagagem e completando a nossa caixinha de ferramentas que nos possibilitará trilhar novos caminhos.

Mudamos de escola, de cidade, de companheiro, de profissão, de corte de cabelo, de opinião, e assim vamos nos adaptando ao novo. É claro que nem sempre as mudanças ocorrem a partir do nosso movimento e sim porque a vida nos coloca frente a um desafio. Perdemos uma pessoa que amamos, o emprego, desenvolvemos uma doença, sofremos um acidente. Porém todas essas situações exigirá uma transformação, algumas mudanças serão internas e outras externas, mas o fato é que esse é o fluxo da vida e ocasionalmente seremos convidados a dançar em ritmos até então desconhecidos.

Apesar de vivenciarmos essas situações de forma tão concreta, isso não impede que a resistência apareça frente ao novo, talvez algumas pessoas tenham maior facilidade em se permitir experimentar novos caminhos reagindo com mais calma, e deixando o fluxo fluir sem muita angústia. Esse seria um estado ideal, olhar e receber o que a vida nos apresenta com cautela, tranquilidade, avaliando as situações e assim poder escolher como se portar no momento. Mas nem sempre é assim que reagimos, concorda?

Na maioria das vezes reclamamos de várias situações das quais nos sentimos insatisfeitos, passamos dias, meses e anos falando sobre as mesmas questões, mas negando qualquer responsabilidade na mudança pretendida. Há uma negação embutida nesse contexto, a de não querer sair da zona de conforto mesmo estando infeliz. Nesses casos a mudança só começa quando a dor está insuportável, ou mesmo quando somos pressionados por uma situação externa.

Os ciclos da vida favorecem diversas transformações, podemos colher frutos saborosos que proporcionarão maior saciedade, satisfação, mas a resistência em explorar novas possibilidades podem nos impedir de usufruirmos dessa colheita. Podemos pensar no medo do novo, na insegurança por não nos sentirmos fortes o suficiente, no apego, no medo de deixar para trás situações que um dia fizeram parte dos nossos sonhos. E a grande questão é o que fazer quando a vida nos convidar a dançar um ritmo da qual nunca experimentamos?

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