“Meu cliente cometeu um crime passional”, diz o advogado de acusado de matar agiota em Santana

No mesmo dia em que o delegado regional Hugo Leonardo informou que a Polícia Civil já havia identificado o autor do homicídio contra o agiota Luiz Ferreira Filho, vulgo “Lolita”, morto a tiros no último dia 4, em Santana do Ipanema, o suspeito do crime se apresentou à polícia e, ao lado de seu advogado, deu sua versão sobre o caso.

O site Alagoas na Net conversou, na noite desta quarta-feira (8) com a defesa de Cícero Manoel Aleixo Júnior, de 34 anos, horas após ele prestar depoimento à PC. O advogado Tuca Maia relatou que seu cliente confessou o crime e fala da principal motivação da tragédia ocorrida no Sertão de Alagoas.

“Meu cliente cometeu um crime passional. Ele descobriu que sua ex-mulher, com quem ele ainda mantinha algum tipo de relação, estaria se envolvendo com a vítima. Em seu depoimento ele confessa que perdeu a cabeça e inclusive se arrependeu do ato que cometeu”, declarou o advogado.

No depoimento citado por Tuca Maia, o autor diz que chamou a vítima para ir até a casa da sua ex-companheira e “tirar a limpo” a história de que Lolita estaria se envolvendo com a sua ex-mulher. Segundo o relato do autor, a própria ex-mulher disse a ele que Lolita ofereceu uma casa para ela, a fim de manter a relação amorosa.

“Que foi os dois na casa de Fulana*, ela veio, o depoente falou: agora fale, você tá de caso com ele (Lolita). Fulana* na hora negou, Lolita falou que o depoente era cabra safado, estava mentido, Lolita ofendeu o depoente mais uma vez, momento em que ele perdeu a cabeça e atirou em Lolita”, diz um trecho do depoimento à polícia.

Ainda segundo declarações do próprio homicida, no momento em que ele desferiu o primeiro tiro, sua ex-companheira interviu e acabou revelando que estaria grávida de Lolita. “Você matou o pai do meu filho”, teria dito ela, segundo relatou o autor em seu depoimento à Polícia Civil.

Após prestar as declarações, o autor do homicídio contra Luiz Ferreira Filho foi liberado, já que, mesmo confessando o crime, não cabia mais prisão em flagrante. A Delegacia Regional de Santana do Ipanema deverá continuar com as diligências a fim de concluir o inquérito, antes de enviar ao Poder Judiciário.

*A reportagem decidiu preservar o nome da ex-mulher do acusado.

Fonte: Alagoas Na Net

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *