Polícia vai intimar mototaxista para confrontar versão da mãe sobre morte de bebê em Maragogi
O delegado Antônio Nunes, do 92º Distrito Policial (DP), no município de Maragogi-AL, vai intimar um mototaxista a prestar depoimento, ainda esta semana, para confrontar a versão apresentada pela adolescente de 15 anos, sobre a morte do filho dela, um bebê de 34 dias. A garota contou que caiu da moto, o que poderia explicar, segundo ela, os vários hematomas e arranhões percebidos no corpo da criança.
O profissional será convocado para que explique se a narrativa da mãe é procedente ou se é mentirosa. A menor e o namorado dela, um jovem de 20 anos, foram levados para a Delegacia Regional de Matriz de Camaragibe, no fim de semana, pela suspeita de ter envolvimento na morte do bebê.
Inicialmente, o caso era tratado como morte clínica, mas, quando o corpo da criança chegou ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), os técnicos informaram que a causa não foi natural e levantaram a hipótese de homicídio.
Quando foi ouvida pelo delegado Rubens Cerqueira, de plantão na Regional de Matriz, a adolescente contou uma história confusa sobre o menino ter caído de um mototáxi. “Foi depois da queda da moto. Eu pensei que o rapaz [mototaxista] não estava bêbado, quando chegou no caminho, ele bateu num cavalo. Mas o menino não chegou a bater no chão, a enfermeira disse que ele pode ter levado uma batida, e que eu não vi”, informou a menor.
Em contato com a Gazetaweb, o agente Alexandre, do 92º DP de Maragogi, informou que é imprescindível o depoimento deste mototaxista, levando-se em conta que há contradição no que a mãe narra para tentar explicar as marcas no corpo do filho.
Além do trabalhador, a polícia deve intimar a avó paterna, a mãe e o pai do bebê. A avó, inclusive, já acusou a nora de ter cometido o crime. O delegado tem 10 dias para concluir o relatório do inquérito e encaminhá-lo à Justiça. Não está descartada a possibilidade, segundo o policial informou à reportagem, de o casal ser indiciado por homicídio e omissão de socorro. Tudo vai depender do curso da investigação.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML), para onde o corpo da criança foi levado, deve ficar pronto antes do prazo de conclusão do inquérito. E será fundamental para ajudar no esclarecimento do caso.
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