Casos de HIV registram aumento de 19% em Alagoas este ano, aponta Ministério da Saúde
Os casos de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) registraram um aumento de 19% em Alagoas, de janeiro a novembro deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) compilados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS) mostram que este ano foram notificados 618 casos, contra 519 no ano passado.
Apesar do aumento dos casos de HIV, o Estado registrou uma queda no número de ocorrências de Aids, a doença provocada pelo vírus. O levantamento mostra que, de janeiro a novembro deste ano, foram notificados 198 casos, contra 317 no mesmo período de 2020 – uma retração de 37,5%
Em Maceió, os casos de HIV tiveram um aumento de 23,8% este ano, na comparação com o ano passado, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde também compilados do Sinan. De acordo com o levantamento, de janeiro a novembro deste ano, a capital alagoana registrou 343 casos, contra 277 registrados em 2020. A população masculina segue com o maior número de registros — 259, o que corresponde a 75,5% do total.
Apesar do aumento nos casos de HIV, Maceió também registrou uma queda no número de casos de Aids. Segundo os dados do Sinan, de janeiro a novembro deste ano foram notificados 112 casos, contra 182 em todo o ano passado — uma retração de 38,4%.
Os homens foram os mais atingidos pela doença, com 77 casos, o que representa 68,7% do total. Duas crianças foram diagnosticadas com Aids em Maceió este ano, o dobro de registro do ano passado.
Gestantes
Boletim divulgado nesta quarta-feira (1º), pelo Ministério da Saúde revela que 105 gestantes alagoanas foram infectadas pelo HIV este ano. O número é 38,2% menor do que 170 casos registrados no ano passado.
Segundo o documento do ministério, no ano passado 135 alagoanos morreram vítimas da Aids, um aumento de 19,4% na comparação com 2019. O órgão não divulgou o número de óbitos deste ano.
Em todo o País, 694 mil pessoas estão em tratamento para a doença e, só em 2021, 45 mil novos pacientes iniciaram a terapia antirretroviral. Com isso, o tratamento já chega a 81% das pessoas diagnosticadas com HIV em todo o país.
Os dados do Sinan mostram que em 2020 foram notificados 29.917 casos de Aids no país, contra 37.731 em 2019, uma queda de 20,7%. Segundo especialistas, ainda que se observe um arrefecimento, a situação ainda preocupa visto que os registros de óbitos pela doença continuam. Em 2020, foram registrados 10.417 óbitos por Aids contra 10.687 no ano anterior, uma queda de apenas 2,52%.
Campanha
Para tentar conscientizar a população, o Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira, uma campanha — que se estenderá por todo o mês — sobre a importância de se prevenir contra o HIV. Segundo o órgão, o governo federal expandiu as estratégias de prevenção e enviou quase 370 milhões de preservativos aos estados e Distrito Federal. Desse total, 360 milhões foram de preservativos masculinos e 9,4 milhões, femininos.
A Aids é a doença causada pela infecção do vírus HIV que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. O vírus é capaz de alterar o DNA de uma das células do corpo humano e fazer cópias de si mesmo. Ao se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Em outubro de 1988, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
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