Comércio de Alagoas estima aumento de 10% a 12% nas vendas do Natal
Com inflação, dólar e custos de transporte e logística em alta, o varejo em Maceió tem buscado estratégias para amortecer os impactos da crise. Representantes do setor informam que o momento é de otimismo, com perspectiva de crescimento, e já estimam incremento de 10% a 12% nas vendas de final de ano, incluindo o comércio de produtos natalinos importados.
A presidente da Aliança Comercial, Andreia Geraldo, informa que a reabertura do comércio para as vendas presenciais injetou ânimo no empresariado, que, segundo ela, tem se reinventado para não perder nenhuma oportunidade de venda.
“Embora seja um produto bem pontual, as perspectivas de vendas de importados para esse ano são positivas, uma vez que estamos totalmente abertos, diferente de dezembro do ano passado, quando ainda estávamos com restrições de abertura devido à pandemia. O crescimento para este setor gira em torno de 10 a 12%. Os comerciantes estão bem focados em driblar a crise, devido à alta do dólar e da inflação, buscando produtos diferenciados e baixando sua margem de lucro. Hoje estamos buscando sobreviver no mercado através de estratégias de vendas”, informa.
O empresário Paulo Henrique Lira, das lojas PH Importados, diz que se preveniu contra as projeções sobre alta do dólar e dos custos de logística, antecipando a compra dos produtos natalinos.
“A alta do dólar e da inflação praticamente não teve impacto sobre os preços dos produtos para este ano, porque a gente faz as compras em maio para que em agosto, setembro, já esteja com os produtos em casa. Tínhamos negociado a preço bom antes, então não afetou tanto”, informa.
Apesar das restrições impostas pela pandemia, ele afirma que o ano de 2020 também foi bom para o comércio, o que o estimulou, inclusive, a expandir os negócios, com a abertura de uma nova loja. Ele credita a estabilidade nas vendas aos auxílios emergenciais concedidos pelo governo federal.
“Nosso governo foi muito eficaz, muito ágil, em rapidamente instituir o Auxílio Brasil, que, de certa forma, aqueceu e segurou o mercado e vem segurando o mercado há algum tempo. O comércio, em si, vem tendo demanda e vendas. O ano passado também não foi ruim, foi um ano muito bom; atípico, mas bom por conta de o governo ter adicionado essas medidas do auxílio, e o pessoal estava com dinheiro para gastar no mercado”, analisa. Para este ano, as apostas do empresário confirmam a estimativa feita pela presidente da Aliança Comercial. Sobre o próximo ano, ele prefere não arriscar.
“As perspectivas são de melhora nas vendas, que devem ter aumento em torno de 10%, acredito eu, até mais, sendo otimista”, diz. “Para o próximo ano, é uma incógnita como vai ficar, mas até dezembro agora, a gente acredita que vai bater as metas. Estou otimista. Estamos abrindo uma nova loja, acreditando no mercado e criando emprego”, afirma o empresário, que diz ter empregado, em média, 70 pessoas com as contratações de final de ano e a abertura da nova loja.
Além de o Natal ser a data mais tradicional do calendário comercial, Andreia Geraldo lembra que as promoções e sorteios de final de ano também funcionam como propulsores das vendas nesse período.
“Considerando a alta do dólar e a inflação, as lojas, antecipadamente, já estão oferecendo produtos natalinos desde outubro, com ofertas de desconto de até 50%, como estratégia de vendas, até porque o Natal é a melhor data do ano. Queremos ofertar grandes descontos e ainda tem a Campanha Natal Premiado, onde a cada R$ 50,00 em compras você ganha cupom para participar do sorteio com diversos prêmios, inclusive carro”, anuncia a presidente da Aliança Comercial.
Gazeta web