Os interrogatórios ocorrerão na Delegacia de Homicídios da Capital e servirão para clarear as informações acerca do crime e para verificar se há alguma ligação da morte com o linchamento.
A Polícia Civil (PC) trabalha, até o momento, com duas hipóteses para o assassinato de Maycon: ou ele perdeu a vida por envolvimento com o tráfico de drogas ou por vingança, já que ele estava sendo investigado por ser um dos agressores do motorista por aplicativo, que avançou com o carro em um carrinho de frutas na Rua das Árvores.
“Ainda estamos no início [da apuração deste caso], vamos avançar ainda na oitiva de algumas testemunhas essa semana, mas, certamente, a vingança é uma das linhas investigadas”, confirmou o delegado Bruno Emílio.
A autoridade policial reafirmou que a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas e, como a investigação ainda vai ser concluída, nenhuma hipótese pode ser descartada nesta fase.
Maycon Douglas foi atingido por seis disparos de arma de fogo. O crime aconteceu no bairro da Levada, em Maceió, e foi cometido por dois homens que estavam em uma motocicleta. Após ser baleado, ele foi socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu.
Já Ben Donson foi espancado por ambulantes. Testemunhas informaram que ele teria acelerado contra os camelôs e, ao tentar fugir do local, atingiu um dos carrinhos. Devido a isso, foi cercado pelos feirantes, retirado à força do automóvel e, logo após, agredido. O carro foi apedrejado pela população, deixando o para-brisas danificado. Ele morreu três dias após ser espancado.
O delegado de Homicídios Bruno Emílio informou que quatro pessoas serão intimadas, até o fim desta semana, para prestar depoimento acerca do assassinato de Maycon Douglas da Silva Nobre, de 21 anos, ocorrido na semana passada. O jovem é apontado como um dos suspeitos de participar do linchamento do motorista por aplicativo Ben Donson dos Santos Santana, de 33 anos, no centro de Maceió.
