Juiz libera ossada de Roberta Dias para enterro nove anos após o crime

O caso Roberta Dias, jovem que foi sequestrada e assassinada no ano de 2012 em Penedo, sofreu uma nova reviravolta.O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) acrescentou à acusação a qualificadora de feminicídio. O aditamento aconteceu nesta terça-feira (26), durante audiência de interrogatório dos réus.

Com isso, o julgamento foi suspenso. Com a alteração do teor da denúncia, será novamente oportunizado à defesa a indicação de testemunhas. O depoimento dos réus apenas pode ocorrer após a oitiva de todas as testemunhas.

Também durante a audiência, após ouvir representantes da acusação e da defesa, o juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins autorizou que o IML [Instituto Médico Legal] disponibilize à família os restos mortais da vítima, para sepultamento, cumpridos os devidos trâmites administrativos.

O IMPEDIMENTO

Uma decisão judicial proferida no dia 20 de julho deste ano impediu o sepultamento dos restos mortais da jovem Roberta Dias. De acordo com o juiz do caso, a ossada encontrada ainda interessava ao processo. Segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), sob o aspecto processual, a produção da prova pericial ainda não tinha terminado. O juiz ressaltou a preocupação no sentido de se evitar o encerramento precipitado da prova pericial, pois isso poderia, futuramente, dar margem a eventual necessidade de exumação.

A CONFIRMAÇÃO

O setor de DNA do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca enviou ao Laboratório de Genética do Instituto de Criminalística (IC) amostras de fragmentos de ossos e dentes para o exame de DNA. Após a extração do perfil genético desse material, a perita criminal realizou o confronto genético com o material biológico da mãe de Roberta, a senhora Mônica Reis.

Para realizar os exames, o IML de Arapiraca enviou para o Laboratório de Genética Forense o crânio e 06 elementos dentários da arcada superior pertencentes a ele, encontrados no dia 18 de abril. Também foram analisados um fragmento do fêmur e 04 elementos dentários da arcada inferior pertencentes à ossada encontrada no dia 21 de abril.

O CASO

Roberta Costa Dias estava desaparecida desde abril de 2012, quando tinha 18 anos. Uma testemunha do rapto da jovem, inclusive, foi morta meses após o crime. A suspeita é a de que Roberta tenha sido assassinada após se recusar a interromper a gravidez de três meses. A mãe de Roberta, por sua vez, segue cobrando a conclusão do inquérito.

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