Aprovados em concurso da Sesau brigam pelo fim da cláusula de barreira e pelo direito à nomeação
Aprovados no concurso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de várias categorias estão mobilizados, principalmente nas redes sociais, para derrubar a chamada cláusula de barreira, prevista no edital, que impõe limites à classificação dentro do número de vagas. Eles denunciam que a pasta mantém mais de 5 mil profissionais contratados e não vai preencher nem a metade dos cargos com servidores efetivos.
Carla Marinho é nutricionista e ficou em 9º lugar no certame. O problema é que, para o cargo de nutricionista, foram ofertadas 10 vagas, sendo 8 para ampla concorrência e 2 para portadores de deficiência. Com a barreira, ela e os demais candidatos aprovados na sequência serão eliminados, mesmo que algum dos que passaram no limite das vagas desista.
“Até o momento, há cerca de 120 nutricionistas contratados no quadro da Sesau, e me causa estranheza esta quantidade tão baixa de vagas disponibilizadas para o quadro efetivo neste concurso. Estamos tentando de todas as formas reverter isso, porque não tem justificativa. O Estado do porte de Alagoas, com tantos hospitais inaugurados e outros prestes a ser, só ter contratados trabalhando no serviço público. E sabemos que, no serviço público, a via de ingresso é o concurso público”, destacou a candidata.
Um perfil no Instagram foi criado para discutir este assunto e orientar os demais aprovados a denunciar ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) possíveis irregularidades na convocação e ao longo do processo.
O edital do último certame para o órgão tem um dispositivo que está sendo contestado pelos candidatos. Trata-se do item 11.5, que diz: ‘somente serão considerados aprovados e constarão na lista de homologação do certame os candidatos classificados dentro do número de vagas previstas, sendo os demais candidatos considerados eliminados e sem classificação alguma no certame, inexistindo, portanto, cadastro de reserva”.