Cacimbinhas: Aprovados que fizeram concurso em 2015 apontam morosidade
Após seis anos, concurseiros aprovados no concurso público de Cacimbinhas – realizado em agosto de 2015 – voltam a denunciar morosidade para empossar os aprovados.
Após a denúncia, a promotora de Justiça Jheise Gama vai requerer mais informações ao Município.
Os aprovados que não quiseram se identificar, procuraram a reportagem da TV E.ALAGOAS para apontar que o certame foi cheio de vícios.
“Mesmo com todos os problemas no certame, consegui passar. Me apresentei, levei exames, fui para a junta médica dia 30 de agosto, e até agora não fui empossada. Sempre que ligamos para a prefeitura dizem que estão esperando o jurídico dar um parecer, mas eu acredito que 30 dias foram suficientes para que o setor jurídico “aprove” a posse. O revoltante é que ninguém nos diz uma data, as informações são sempre vagas”, afirmou uma das aprovadas.
Em agosto do ano passado, o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou procedimento administrativo por meio do qual propôs assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Cacimbinhas, visando a suspensão do prazo de validade, que expirava em 27 de outubro de 2020.
À época, a proposta levava em consideração a pandemia de Covid-19 e a legislação excepcional criada para nortear os serviços, enquanto durar o estado de calamidade em saúde pública. No entanto, o promotor de Justiça Ivaldo da Silva também recebeu denúncias de que a prefeitura teria contratado funcionários de maneira irregular, deixando de lado os classificados no certame que aguardavam a nomeação.
O promotor instaurou uma notícia de fato para apurar as supostas irregularidades após ouvir inúmeros relatos de populares e fazer consultas à lista de aprovados no concurso, no site da banca responsável e no portal da transparência daquele município.
O concurso de Cacimbinhas ofertou 153 vagas distribuídas entre os níveis de escolaridade fundamental, médio e superior.