Donos de pitbull que matou lhasa apso em Palmeira dizem ter esquecido o portão aberto

O irmão do tutor do pit-bull que matou um lhasa apso em Palmeira dos Índios, município de Alagoas, negou à imprensa, nesta quinta-feira (23/9), que o animal andasse solto pelas ruas. Segundo ele, o caso foi acidental e aconteceu depois de os moradores da residência esquecerem o portão aberto ao sair para o trabalho.

Em depoimento, ele relatou que o irmão tem 23 anos e está muito abalado com o acontecimento. Eles também alegam que o pit-bull tem três anos e não possui qualquer histórico de violência.

A tutora do lhasa apso relatou que o jovem se ofereceu para comprar remédios e prestar assistência à família. Ela também contou que Nick, o cachorro, tinha sete anos e era o companheiro de todos da família.

Apesar de a morte do animal ter deixado todos bastante abalados, a tutora não irá formalizar uma denúncia contra os donos do pit-bull. “O que eu queria era o meu cachorro de volta”, afirmou. Nick foi enterrado no quintal da família.

O caso será investigado pelo delegado Leonam Pinheiro, que apura crimes de maus-tratos a animais. O ataque foi gravado e viralizou nas redes sociais, gerando revolta em muitas pessoas.

O delegado afirmou que o dono do pit-bull pode reponder pelo ataque e até ser penalizado, com base no artigo 936 do Código Civil.

Muitas pessoas questionaram a ausência de focinheira no cachorro e pediram uma punição mais severa para os tutores de animais de grande porte que negligenciem sua circulção nas ruas.

O delegado utilizou seu perfil no Instagram para lembrar que “é preciso falar também na necessidade de previsão legal de uma modalidade criminal de punição, para que fatos como esse não venham a se repetir”.

Metrópoles

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