Lava perde velocidade após destruir centenas de casas nas Canárias

 

“O movimento lávico é bastante lento ao que era inicialmente”, acrescentou.

“Não temos que lamentar nenhuma perda humana ou danos pessoais, acredito que essa é a melhor notícia”, disse Ángel Torres, presidente do governo regional deste arquipélago turístico localizado na costa do noroeste da África, em uma coletiva de imprensa com o presidente do governo, Pedro Sánchez, que está em La Palma desde o domingo.

No entanto, a erupção – a primeira a ser registrada nesta ilha em 50 anos – provocou danos e a retirada de 5.500 pessoas desde que começou no domingo.

“Agora o mais importante é garantir a segurança” porque “o vulcão continua em atividade”, alertou Sánchez. O chefe de governo adiou sua ida a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

A ministra do Turismo, Reyes Maroto, criou polêmica ao lembrar que os hotéis estão abertos, convidando os turistas a se aproximarem da ilha para presenciarem “o que a natureza trouxe para La Palma”, declarações das quais se retratou posteriormente.

Quando a lava quente ferve a água do mar, desencadeia uma série de reações químicas e físicas que provocam colunas de névoa ácida que pode ser tóxica. Além disso, pode haver explosões capazes de esculpirem rochas a mais de 200 metros e ondas de altas temperaturas que entram na terra.

O governo regional das Canárias informou, no entanto, que não previa novas evacuações por enquanto.

Os impressionantes rios de lava arrasaram árvores, invadiram casas e estradas, como mostram vários vídeos publicados nas redes sociais.

“Essa língua de lava engole tudo que vai encontrando pelo caminho”, descreveu Mariano Hernández Zapata, presidente de Cabildo de La Palma, em entrevista à Televisión Española.

“É dramático ver muitos projetos de vida desaparecendo”, acrescentou.

Com temperaturas de mais de 1.000°C, a lava avança a uma velocidade média de 700 metros por hora, segundo o Instituto Vulcanológico das Canárias.

O Cumbre Vieja lança colunas de fumaça com várias centenas de metros de altura e entre 6.000 e 9.000 toneladas de dióxido de enxofre por dia, segundo o instituto. A fumaça não provocou até o momento o fechamento do espaço aéreo.

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