Calheiros ironiza boato de nome de filho de Bolsonaro ser em sua homenagem
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ironizou hoje, durante a sessão, a notícia que corre em Brasília, segundo ele, de que o nome do filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jair Renan Bolsonaro, 23, seria em sua homenagem. “Sinceramente não acredito. Nunca acreditei no bom gosto do Bolsonaro. Se aconteceu (a homenagem), devo agradecer à mãe do garoto, jamais ao presidente da República”, afirmou Renan.
A mãe de Jair Renan Bolsonaro é a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda esposa de Bolsonaro. Nesta semana, a colunista do UOL Juliana Dal Piva revelou que o “04” e a mãe se mudaram para uma mansão de R$ 3,2 milhões em Brasília.
Calheiros lembrou de Jair Renan Bolsonaro durante a sessão da CPI de hoje ao falar da suspeita de envolvimento do “04” com Marconny Albernaz.
Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que Jair Renan conseguiu abrir sua empresa de eventos com ajuda do lobista investigado na comissão. Albernaz era esperado hoje para ser ouvir na CPI, mas faltou à sessão. Por causa disso, os senadores aprovaram sua condução coercitiva e pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele entregue o passaporte.
“Ele (Albernaz) possibilitará uma oportunidade para que a gente apresente ao Brasil tudo o que se tem em relação a ele, em relação ao envolvimento em todos os setores do enfrentamento dessa pandemia, e agora recentemente na associação com o filho do presidente da República, o jovem Jair Renan, que muito jovem já anda nessas companhias”, Renan Calheiros.
Marconny Albernaz é apontado pela CPI como suposto lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra, pelo governo, de doses da vacina indiana Covaxin. Os senadores querem saber sobre sua suposta atuação na negociação do contrato bilionário do Ministério da Saúde com a Precisa, que acabou sendo cancelado após investigação da comissão.
UOL