Panasonic encerra produção de TVs no Brasil e demitirá 130 funcionários

Após 40 anos, a marca japonesa Panasonic anunciou hoje que vai encerrar a produção e a venda de TVs no Brasil. A notícia foi confirmada por Tilt com a assessoria de imprensa da empresa no país.

Até dezembro, 130 funcionários serão demitidos, de um total de 2.400 colaboradores. Nenhuma fábrica será fechada, porém.

Segundo a Panasonic, o fim da produção e venda de TVs será consumado até o final do ano, mas “o consumidor não ficará sem assistência”. Trata-se, segundo a empresa, de uma decisão de estratégia global.

“Essa decisão criará uma oportunidade para as outras frentes de negócio nas quais a Panasonic continua a crescer”, diz a empresa, citando as unidades de negócio em máquinas de lavar, geladeiras, cuidados pessoais, baterias e soluções corporativas.

“A Panasonic acredita no potencial e no mercado brasileiro, e continuará investindo e fomentando novas linhas e novos produtos.”

Tilt apurou que a fábrica de Manaus (AM), onde as TVs da marca são montadas, vai se concentrar em micro-ondas e outros produtos de linha branca. A empresa ainda tem uma unidade em Extrema (MG), onde são produzidas geladeiras e máquinas de lavar; em São José dos Campos (SP), onde são produzidas pilhas; além de um escritório administrativo em São Paulo (SP).

Seguindo os passos da Sony

A decisão da Panasonic de encerrar a produção de TVs no Brasil vem quase um ano após outra marca japonesa tomar o mesmo caminho. Em setembro do ano passado, a Sony anunciou o fim de seus televisores no país após 48 anos.

Na época, a Sony não detalhou os motivos que a levaram a tomar a decisão, afirmando apenas que “sempre adota medidas para fortalecer a estrutura e a sustentabilidade de seus negócios, para responder às rápidas mudanças no ambiente externo”.

A Sony, que também parou de vender celulares na América Latina no ano passado, também fechou sua fábrica na famosa Zona Franca de Manaus (AM), mesma região onde a Panasonic montava suas TVs, mas continua vendendo consoles de videogame como o PlayStation 4 e PlayStation 5 no país.

Tilt/UOL

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