Cunhado de 17 anos confessa ter matado a menina Ingrid Raíssa em Rio Largo, AL

A Polícia Civil informou, na tarde desta terça-feira (13), que um adolescente de 17 anos confessou ter matado a menina Ingrid Raíssa, de 11 anos, em Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió. Segundo o coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Ronilson Medeiros, o autor do crime é cunhado da vítima.

O corpo da criança foi encontrado no dia 22 de junho em um local de difícil acesso em Rio Largo. “No dia 20, a Raíssa desapareceu de casa por volta das 15 horas. No dia 22, ele foi encontrada morta em um canavial”, contou o delegado.

Ronilson Medeiros explicou que a Polícia Civil seguiu três linhas de investigação, com um suspeito diferente em cada uma delas, mas duas foram logo descartadas.

“Um seria um ex-cunhado da vítima, outro seria um vizinho e o terceiro seria o atual cunhado. Ontem foram ouvidos os três suspeitos. Na oitiva, os dois primeiros, adultos, informaram que no momento do crime estariam trabalhando. Fatos confirmados. Eles saíram de casa às 14 horas e retornaram às 17h. E a criança desapareceu às 15h. Restaria a terceira linha, do atual cunhado de 17 anos”, disse.

A suspeita recaiu sobre o adolescente porque a mãe da vítima percebeu que quando a menina desapareceu, ele não estava em casa. Além disso, quando voltou, estava sujo de barro e vestindo roupas que não eram dele. Em depoimento à polícia, o adolescente confessou que matou Ingrid Raíssa, mas negou o estupro.

“Ele informou que, na tarde daquele dia, a Raíssa teria pedido a ele para comprar alimentos para a arara. Ele informou que no trajeto, a criança queria abusar sexualmente dele, e como ele negou a situação, em fúria, com raiva, pegou a criança pela cabeça e jogou uma pedra”, disse o delegado.

Contudo, o Instituto Médico Legal (IML) constatou na perícia feita no corpo da vítima que houve violência sexual.

“Vale ressaltar que foi coletado material genético de três[suspeitos] e encaminhado para perícia para eventual confronto com material genético encontrado no corpo da vítima. Hoje, mantendo contato com o médico legista, o mesmo informou que foi encontrado indícios de abuso sexual na criança. Ou seja, aquilo que ele falou que a criança tentou fazer, foi ele quem fez. Ele abusou sexualmente da criança e com medo de ser descoberto ou outro motivo, matou a mesma”, contou Ronilson Medeiros.

O adolescente já tinha sido apreendido pela Polícia Militar no dia 28 de junho com duas armas de fogo. À época, a Polícia Civil disse que a prisão não tinha relação com a morte da criança.

G1

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