Um vídeo gravado na tarde dessa terça-feira (15/6) mostra o momento em que policiais civis e militares do Distrito Federal e de Goiás encontram três pessoas da mesma família reféns do psicopata Lázaro Barbosa, 32 anos.
As imagens mostram pai, mãe e filha deixando uma mata fechada, em Edilândia (GO), pelo leito de um rio. No momento em que eles são resgatados, ouve-se, pelo menos, quatro tiros disparados por Lázaro.
Os agentes das forças de segurança e as três vítimas tentam se abrigar das balas se jogando no chão.
“Quando ele [o Lázaro] chegou na chácara, a minha prima [a adolescente de 15 anos] conseguiu se esconder embaixo da cama e mandou mensagem para os policiais pedindo ajuda. Mas na mesma hora alguém ligou pra ela, aí o Lázaro conseguiu achar”, narra o familiar. Paulo Henrique afirmou que o suspeito chegou a dizer que iria matar a família.
“Às vezes ele falava que ia matar, às vezes falava que não ia matar. Ele amarrou todos com as mãos para trás e quando estava correndo para fugir dizia que se não obedecessem ele matava, e que ele não errava nenhum tiro”, disse o rapaz.
Apesar do susto, não houve agressão física por parte de Lázaro. “Ele não chegou a bater em ninguém, o único momento que tocou na minha prima foi pra tirar o casaco de frio dela, que era vermelho e chamava a atenção de longe”, explicou Paulo Henrique. Lázaro ainda jogou o celular de todos os reféns em um rio.
O secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, acredita que a família seria morta em um ritual satânico se não fosse a intervenção policial, pois todos estavam sem roupa e prestes a serem executados.
Antes de confrontar os policiais, o suspeito escondeu a família com folhas de bananeira, que ele mesmo cortou, para que os reféns não fossem avistados pelo suporte aéreo das forças de segurança. Lázaro ainda conseguiu estocar comida com a invasão à chácara dos Siqueira. “Antes da polícia chegar, meu tio disse que ele pegou 1 kg de comida”, afirmou o sobrinho.
Na manhã de terça, Lázaro chegou a pedir um prato de comida ao chacareiro Rosinaldo Pereira de Moraes, 55 anos, que trabalha na fazenda onde o criminoso foi flagrado por câmeras de segurança. O suspeito fugiu antes de conseguir o alimento.
“Pedi para ele aguardar eu prender os bezerros e trazer as vacas que iria arrumar um prato de comida para ele. Cheguei a falar que comida não se negava a ninguém. A minha intenção era dar a comida para despistar e segurar ele. Mas ele não esperou. Eu o vi saindo pela mata. É muito esperto”, disse o chacareiro.