Renato Filho é o primeiro candidato declarado ao governo para 2022

Para quem quer disputar mandato nas eleições de 2022, o momento é de construir bases e alianças. Na proporcional, a tarefa é mais simples. Na majoritária, nem sempre depende da vontade do futuro candidato. Cada tem estratégias bem diferentes para se viabilizar.

Hoje vários nomes são cotados para o governo em Alagoas. No grupo de JHC, a principal aposta é o senador Rodrigo Cunha, mas o prefeito de Maceió também é lembrado.

No grupo de Arthur Lira e Marcelo Victor, as possibilidades passam pelo presidente da Assembleia Legislativa e por deputados como Davi Davino Filho, Jó Pereira e Paulo Dantas.

O grupo de Renan Filho tem muitos nomes e vai precisar entrar em breve numa fase de depuração. Por lá se fala em secretários de Estado, prefeitos e deputados: Alexandre Ayres, Rafael Brito, Alfredo Gaspar de, Hugo Wanderley e Isnaldo Bulhões, entre outros.

Correndo em faixa própria, tem alguns nomes de peso como o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira.

Todos estes seguem até agora no campo das “possibilidades”, podendo ou não se viabilizar, a depender da conjuntura.

A partir desta quinta-feira, 27, o processo de articulação ganha outro ritmo. Pela primeira vez, um político com viabilidade eleitoral assumiu a pré-candidatura ao governo para 2022.

Trata-se do prefeito do Pilar, Renato Filho. Presidente do PSC em Alagoas, o gestor não esconde que pretende dar um passo mais largo na política e vem se preparando para isso. Conseguiu ampliar o peso do seu grupo em 2018 e 2020 e agora assume a pré-campanha ao governo do Estado – com o lançamento de marca e até de slogan: “Renato Filho, quem conhece aprova”.

A estratégia do marketing é baseada na gestão de Renato em Pilar, onde foi reeleito prefeito com 82% dos votos e tem aprovação de 93%, segundo algumas pesquisas e opinião.

Renato chegou a pensar em mudar para o MDB, após convite do governador Renan Filho, mas vai ficar no PSC. Ao se manter à frente da legenda terá a oportunidade de se manter próximo ao grupo do Palácio dos Palmares, sem fechar as portas para conversar com outros grupos – inclusive com Marcelo Victor e Arthur Lira.

Largar na frente nem sempre é fácil quando se trata de eleição majoritária. Mas Renato sabe que vai precisar vencer várias etapas até chegar a convenção, em julho do próximo.

Ao assumir a candidatura agora pode ocupar espaços que estão vazios diante da indefinição de outros candidatos. E, quem é do ramo sabe, em política não existe espaços vazios.

 

 

*Blog do Edvaldo Jr/ Gazeta de Alagoas

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