Pode beber depois de tomar a vacina contra Covid-19?

O Brasil já aplicou 55.146.751 doses de vacinas contra o coronavírus, até o fim da tarde desta quinta-feira (20). Entre os imunizados está Paula Felice, brasiliense de 53 anos, que tomou a primeira dose nesta semana e vai celebrar o momento.

“Eu tomei a vacina da AstraZeneca e estou me sentindo muito bem. Vou agir com todas as precauções: máscara, álcool gel. Mas com certeza, sexta-feira, a cervejinha é de praxe, para celebrar a minha e as nossas vidas”, comenta.

Mas será que pode ingerir bebida alcoólica logo após tomar a vacina contra a Covid-19?

Em nota, a Fundação Oswaldo Cruz informa que “não foi identificada nenhuma interação entre a vacina e o consumo de bebidas alcoólicas nos estudos clínicos já realizados com a vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. Por não ser uma avaliação prevista nas pesquisas, não há qualquer informação sobre essa interação na bula da vacina”.

“Além disso, não existe plausibilidade biológica que justifique uma eventual relação entre consumo de álcool e vacinação contra Covid-19, ou mesmo com outras vacinas. Considerando o mecanismo de ação da vacina e as consequências da ingestão moderada social de bebidas alcoólicas, não se espera que haja interferência”.

Recomendações gerais pós-Vacina contra Covid-19

A diretora da SBIm, Flávia Bravo, explica que após tomar a vacina contra a Covid-19, não é necessário fazer repouso ou evitar pegar peso. No entanto, é preciso ficar atento caso apareçam efeitos adversos.

“Você deve respeitar se tiver algum evento adverso: se tiver febre, se tiver mal-estar; tratando os sintomas. O mesmo vale para quem tem comorbidade: dedicar atenção e o cuidado específico a sua comorbidade”, explica.

Além disso, os cuidados contra o coronavírus devem continuar mesmo após a vacinação, já que nenhum imunizante é 100% eficaz e, portanto, parte das pessoas vacinadas ainda são capazes de transmitir o vírus.

Malefícios do Álcool

Segundo a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, apesar de não haver estudos que apontem qual volume de álcool seria prejudicial para a eficácia da vacina, o consumo excessivo da substância pode ser nocivo ao organismo.

“O que a gente sabe é que a ingestão crônica e abusiva do álcool é um hábito prejudicial a todos os sistemas do organismo, incluindo o sistema imune. Então a gente pode incluir a resposta imune à vacina nesse bojo”, ressalta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *