Um imunizante deste tipo pode ser bastante útil tanto para combater a disseminação do novo coronavírus quanto para evitar outras epidemias do gênero. Para efeito de contextualização, já houve outras pandemias da SARS, entre 2001 e 2004, e da MERS, em 2015, e a vacina universal desenvolvida pela Duke University pode ser útil para evitar outras como estas no futuro.
Outro ponto interessante do estudo é que a vacina da Universidade Duke também pode combater outras variantes do novo coronavírus, como as que já se espalharam pelo Brasil, Reino Unido e África do Sul, por exemplo.
A pesquisa de desenvolvimento do imunizante foi publicada na revista Nature e o estudo revela que os cientistas focaram em criar uma vacina que pode bloquear a proteína Spike com o receptor ACE2, combinação que é responsável por ligar o vírus ao sistema imunológico. Com isso, de acordo com o estudo, é possível parar o ataque viral
Até o momento foram testadas duas variantes da vacina “universal”, com experimentos realizados em macacos — uma delas utiliza tecnologia de RNA dos imunizantes da Pfizer e da Moderna contra o novo coronavírus, enquanto a outra usa um modelo de nanopartículas que se ligam à proteína Spike.
Vale lembrar — e é importante não confundir — que outro grupo de pesquisadores já anunciou que deve iniciar os testes para mais uma vacina classificada como universal. Neste caso, cientistas do Centro de Vacinas e Imunologia da Geórgia, nos Estados Unidos, já estudam o imunizante desde março do ano passado e os ensaios devem acontecer até o final deste ano.