Assassinato de Kleber Malaquias ‘foi um crime de mando e existe mandante’, diz delegado
O delegado Lucimério Campos, que investiga o assassinato do empresário Kleber Malaquias, dentro de um bar em Rio Largo, em julho de 2020, informou nesta quinta-feira (22), em entrevista coletiva, que as investigações continuam para prender o mandante do crime.
“Foi um crime de mando e existe mandante, mas como as provas não eram suficientes para prender quem mandou [matar o empresário], fizemos a operação para prender quem foi contratado para o crime”, afirmou o delegado ao ressaltar que foram pagos valores altos aos executores.
A operação citada pelo delegado foi realizada na quarta (21), quando três homens foram presos temporariamente suspeitos de participação na execução de Kleber Malaquias. Um outro homem já tinha sido preso antes.
Durante a operação foi apreendida uma arma de fogo, mas o delegado afirma que não é a arma utilizada no assassinato do empresário, que esta foi descartada.
Em um Boletim de Ocorrência registrado em 2019, o empresário relatou que teve acesso a conversas e áudios de WhatsApp com ameaças contra ele e que temia ser morto. A vítima era conhecida por denunciar crimes políticos na região e essa é uma das linhas de investigação da Polícia Civil, mas não é a única.
“O Kleber tinha atividade de fazer denúncias e aí, sem entrar no mérito se eram verdadeiras ou não, muitas foram apuradas e com isso ele contraiu inimigos. Esse risco assumido pelo Kleber acabou ceifando a vida dele. Outra possibilidade é de relação pessoal, algo passional, e também estamos investigando isso”, disse o delegado Lucimério Campos.
Sobre a participação da Polícia Federal no caso, Campos explicou que ela entrou na investigação no início porque Kleber era informante de um caso investigado pela PF e o assassinato dele poderia ter ligação com isso, mas ainda não há essa comprovação.
O delegado ressaltou que, ao final das investigações e com provas suficientes para comprovação do mandante, todos os envolvidos no crime serão indiciados e apresentados à Justiça.
G1