Com a piora nos números, o risco de colapso volta a estar presente, já que as UTIs seguem com lotação próxima aos 90%. Em quase todas as localidades do estado, foi observada uma tendência de alta na infecção pela Covid-19. Arapiraca, Maceió e a Região Metropolitana (1ª Região de Saúde) apresentaram as maiores incidências do estado, com 266, 214 e 213 casos por 100 mil habitantes cada, respectivamente.
Nos óbitos, Maceió lidera (8,8 por 100 mil), seguida pela 1ª RS (6,6) e Arapiraca (5,6). Além dos casos e óbitos, aumentou também o número de exames pendentes nos laboratórios do estado. É a primeira vez que esse número apresenta um aumento desde a 10ª Semana Epidemiológica de 2021. Eram 11 mil casos em investigação nesse sábado (17), um aumento de 16% comparado à última semana.
Cerca de 45% dos exames RT/PCR, padrão-ouro para verificação da infecção pelo coronavírus, retornaram positivos no Lacen/AL, segundo análise de dados feita pelo Observatório. Os leitos de UTI em Alagoas seguem com a ocupação estabilizada, apesar de não terem apresentado reduções recentemente e estarem acima dos limites de segurança, com ocupação média de 87% nas últimas 4 semanas.
A distribuição dos leitos pelo estado também preocupa: apenas nove dos 102 municípios alagoanos possuem UTIs exclusivas para tratamento de infecções por Covid-19. Desses nove, sete se encontravam com ocupação acima de 80% no último sábado. Palmeira dos Índios e Penedo, por exemplo, estavam com 100% de lotação, e Maceió possuía apenas 21 leitos disponíveis.
Vacinação
Em Alagoas, a vacinação já atingiu 409.739 pessoas, 12% da população. Desse total, 181.983 foram vacinadas na 15ª Semana Epidemiológica, seja a primeira ou segunda dose, que atingiu pouco mais de 4% da população. Mantido o ritmo da última semana, o Observatório estima que a campanha de vacinação se prolongue por pelo menos mais 21 semanas, ou até o início de setembro, para vacinar toda a população adulta do estado, cerca de 66% da população. Até lá, contudo, os números da pandemia no estado apresentam, novamente, sinais de descontrole, com a lotação das alas de UTI do estado em níveis considerados perigosos.