Dia do Jornalista: 10 livros para entender melhor a profissão
Dados, cenários, histórias e fatos não passam despercebidos. Sob olhos e ouvidos atentos, o jornalista investiga e divulga notícias de interesse público. Também multimídia, ele entrevista, escreve, edita e revisa. Hoje, 7 de abril, é dia de parabenizar o profissional de comunicação que tenta estar onde a sociedade não alcança.
Jornalismo também se aprende lendo. Os escritos mostram as vivências e o perfil de profissionais renomados, como Eliane Brum, Caco Barcellos, Fernando Morais e outros. A lista, a seguir, mescla livros-reportagem, biografias e títulos de histórias.
A data
O dia 7 de abril homenageia o jornalista e médico Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos, em 1830. Ele fazia oposição a Dom Pedro I, no século 19, e foi dono do jornal Observador Constitucional, que defendia ideias liberais. Em 1931, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) criou a data para não apagar a luta histórica de Giovanni Battista da memória.
Confira 10 títulos de tirar o fôlego produzidos por jornalistas:
Fama e Anonimato, de Gay Talese


Em Fama e Anonimato, de 1979, Gay Talese reúne reportagens sobre pessoas famosas e anônimas de Nova York, Estados Unidos, nos anos 1960. O livro traz o estranho universo urbano de NY, a saga da construção da ponte Verrazzano-Narrows e a vida de artistas e esportistas americanos. O texto de um dos maiores nomes do jornalismo literário une qualidade e um olhar que foge aos lugares-comuns.
Chatô, de Fernando Morais


Chatô – o Rei do Brasil, de 1994, é uma biografia de Assis Chateaubriand. Além de perfilar um dos maiores nomes da comunicação no país, Fernando Morais aborda a imprensa de boa parte do século 20. Chateaubriand foi dono de um império midiático e protagonista de uma intensa vida política e social. De personalidade polêmica, o empresário teve um grande impacto na modernização da imprensa brasileira, na cultura do país e até na política nacional.
Notícia de um Sequestro, de Gabriel Márquez


Notícia de um sequestro, lançado em 1996, mostra a linha tênue entre jornalismo e literatura. Depois de colher depoimentos de pessoas relacionadas a sequestros ocorridos na Colômbia, em 1990, Gabriel Márquez desenvolveu uma narrativa em forma de reportagem. Nela, ele relata o que acontecia nos cativeiros e as negociações com os narcotraficantes
Abusado, de Caco Barcellos


Caco Barcellos dedicou vários anos em pesquisa e entrevistas para escrever o relato sobre o morro Dona Marta. Abusado, de 2003, ilustra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro (RJ). Diferentemente do que se imagina, o volume capta o outro lado do tráfico, abordando questões sociais e como os jovens entram nessa vida.
Hiroshima, de John Hersey


Hiroshima, de John Hersey, descreve com detalhes a vida de seis personagens antes, durante e depois dos bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki, de 6 e 9 de agosto de 1945. A obra, de 2002, dá uma aula sobre jornalismo literário e impressiona com a riqueza das descrições.
Mestres da reportagem, de José Hamilton Ribeiro


Mestres da Reportagem, 2016, desdobra 30 entrevistas com repórteres brasileiros. Nelas, os profissionais contam a José Hamilton sobre os bastidores de matérias. Também aborda a importância da área e técnicas de jornalismo. Sônia Bridi, Eliane Brum, Goulart de Andrade, César Tralli e Ernesto Paglia estão no livro.
Olga, de Fernando Morais


Uma biografia sobre a militante Olga Benário Prestes, de 1993, escrita pelo jornalista Fernando Morais. Olga foi uma alemã com fortes ideais, militante, judia e comunista. Com cuidado e clareza, Morais relata o envolvimento dela com o brasileiro Luís Carlos Prestes, a estadia e as lutas deles no Brasil. O livro permite analisar a escrita do jornalista e aprofundar o conhecimento sobre esse período da história mundial.
O Olho da Rua, de Eliane Brum


O Olho da Rua, de 2008, ajuda a entender melhor como uma matéria é produzida. No livro, Eliane Brum inclui 10 reportagens que fez e conta os detalhes por trás da elaboração de cada uma. O processo de escrita, erros que podem ser cometidos e dicas para quem sonha em ser repórter estão na obra.
Todo Dia a Mesma Noite, de Daniela Arbex


Todo Dia a Mesma Noite é uma reportagem definitiva sobre a tragédia que abalou a cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2013. Com a obra, a jornalista Daniela Arbex relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss. Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde para compor o livro.
Presos que Menstruam, de Nana Queiroz


O livro Presos que Menstruam, de 2015, revela o cotidiano das prisões femininas no Brasil. Nele, Nana Queiroz ouve e dá voz às presas. As páginas contemplam desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere.
Os valores mencionados se referem à data de publicação da matéria e podem sofrer alterações de acordo com os critérios de cada loja. O Metrópoles não comercializa os produtos ou serviços citados.