Alagoas teve 23 casos de variantes de Covid-19 confirmados, diz Ministério da Saúde

Alagoas já confirmou 23 casos de cidadãos infectados por variantes do novo coronavírus (Covid-19), segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) nessa quinta-feira (1º). Os números mostram que a maior parte dos casos (22) são da variante P1 do vírus, conhecida como variante de Manaus, mas o estado também é um dos que possuem caso confirmado da B.1.1.7, a variante do Reino Unido.

Os primeiros casos de variantes da Sars-CoV-2 em Alagoas foram registrados em fevereiro, quando uma análise do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, retornou positivo para a variante P1 em duas pacientes alagoanas de Viçosa e Anadia. Subsequente a esses casos, os registros da doença nas cidades subiram 78%.

Segundo o boletim do MS, dos 22 casos da variante P1 do vírus em Alagoas, a maioria (16) não possuí vínculo com lugares de circulação da variante, ou seja, são “autóctones”, como são chamados os casos de circulação local do vírus. O único caso da variante B.1.1.7 é importado de outro local, não especificado.

Os números divulgados não são absolutos, ou seja, não representam a população total infectada com diferentes variantes da Sars-CoV-2. Os casos são analisados por laboratórios de referência nacional, que estudam amostras aleatórias. Do total de infectados no estado, mais pessoas podem ter contraído o vírus em suas variantes.

Em meados de março, a Fiocruz já havia divulgado um relatório onde afirmou ter detectados novos casos de variantes do vírus no estado. A Fundação, contudo, não informou quantos casos ou de quais variantes, e disse ter dado maiores detalhes em relatório completo entregue à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Procurada, a Sesau afirmou que os números estavam em análise interna na pasta e seriam divulgados oportunamente.

Sobre as variantes

Apesar de notáveis modificações na estrutura do vírus, ainda não é possível determinar com certeza se diferentes variantes do Sars-CoV-2 se comportam de forma diferente no corpo dos infectados. Estudos preliminares apontam, por exemplo, que a variante P1 é mais infecciosa e pode ser mais letal, assim como que ela escapa da imunidade oferecida pela infecção pelo vírus original. Esses estudos, contudo, precisam de mais tempo e análise para serem considerados definitivos.

Estudos feitos pelas diferentes fabricantes dos imunizantes disponíveis para o novo coronavírus apontam que elas são eficazes contra a variante P1. As vacinas usadas em Alagoas, da AstraZeneca/Oxford e a Coronavac, da Sinovac, são eficazes contra a variante P1 e B.1.1.7, segundo as fabricantes.

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