Caso Roberta Dias: Conseg arquiva processo que apurava sumiço e assassinato de jovem

O Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) arquivou o processo que tramitava no colegiado e que tinha como propósito a apuração do desaparecimento e o provável assassinato da jovem penedense Roberta Costa Dias. O acórdão contendo a medida está publicado na edição desta quarta-feira (24), do Diário Oficial do Estado (DOE).

Os conselheiros entenderam que, pela conclusão do inquérito neste sentido, por parte da Polícia Civil (PC), e que o caso permanece em análise pelo Poder Judiciário, não havia mais objeto de o Conseg sequenciar a investigação.

O órgão tinha aberto uma reclamação por providência, em 2018, para apurar as circunstâncias que levaram ao sumiço da jovem, ocorrido em 2012. Na sessão ordinária virtual do colegiado, ocorrida no dia 24 de fevereiro de 2021, os integrantes decidiram pelo arquivamento do processo por unanimidade. Eles seguiram o entendimento do conselheiro-relator, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que é procurador-geral de Justiça de Alagoas.

A decisão pelo arquivamento, segundo o relator, concorda com o entendimento da Polícia Civil, que concluiu o inquérito e o remeteu à 4ª Vara Criminal de Penedo. A Polícia Judiciária demorou seis anos para fechar a investigação de que houve homicídio qualificado.

DENUNCIADOS

À época, o titular da 6ª Promotoria de Justiça em Penedo, Sitael Gomes Lemos, decidiu pela denúncia de Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares, o “Bruninho”. Eles responderiam, inicialmente em liberdade, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiros. A Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva feito pelos delegados que conduziram o inquérito policial.

Um terceiro acusado, com quem Roberta teria um relacionamento, não foi denunciado pelo MP, porque, à época do crime, tinha menos de 18 anos e foi apresentado à Vara da Infância e da Juventude.

ENTENDA O CASO

Roberta Dias desapareceu em 2012, após sair de casa para fazer acompanhamento pré-natal em um posto de saúde em Penedo. Ela tinha 18 anos e seu corpo nunca foi encontrado. As investigações apontaram que o sumiço estava relacionado à gravidez da jovem.

Ela queria, segundo a polícia, que o companheiro assumisse a paternidade da criança, mas a família dele seria contra. O inquérito policial concluiu, à época, que a mãe do adolescente, Mary Jane, teria sido responsável pelo desaparecimento do neto dela.

O caso teve uma reviravolta com a divulgação de um áudio em que Karlo Bruno confessava e dava detalhes de como assassinou Roberta Dias e escondeu o corpo, com a ajuda do pai da criança que ela esperava.

Na esfera Judicial o processo continua, devendo o acusado e a acusada serem julgados pelo Tribunal do Júri.

por Redação com Gazetaweb

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