Abrasel diz que 41 restaurantes e bares fecharam em Alagoas durante a pandemia

G1

Desde o início da pandemia até a última sexta-feira (12), 41 restaurantes e bares de Alagoas já fecharam as portas definitivamente. Os dados são da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel-AL) e leva em conta os associados da entidade. Ou seja, o número de estabelecimentos desse segmento que fechou as portas pode ser ainda maior.

De acordo com os dados da entidade, atualmente são 370 associados no Estado. O que representa dizer que esse número recuou quase 10% durante a pandemia. Um levantamento divulgado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) aponta que mais de 180 mil postos de trabalho formais nos bares e restaurantes brasileiros foram encerrados ao longo de 2020, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Em Alagoas, os bares e restaurantes ficaram fechados ou com restrições de funcionamento desde o primeiro decreto de fechamento das atividades não essenciais em Alagoas, publicado em 21 de março de 2020, e só voltaram a funcionar em 1° de julho de 2020.

No entanto, no último domingo (7), o governo de Alagoas anunciou novas medidas de distanciamento social que estabelecem o fechamento de bares e restaurantes no Agreste e Sertão do Estado e restringe o funcionamento em Maceió, Região Metropolitana e Zona da Mata. Inclusive, com o fechamento durante os fins de semana.

Tais medidas levaram o setor a pedir ajuda, tendo em vista que, segundo ele, as ações causam graves prejuízos às empresas. Durante a semana após o anúncio do decreto governamental, muitos estabelecimentos decidiram fechar temporariamente as portas, porque argumentam que não vale a pena funcionar até as 20h como prevê o decreto e fechar aos fins de semana.

Segundo o diretor executivo da ANR, Fernando Blower, o principal motivo para as demissões no segmento Brasil à fora foi o fechamento de operações que não conseguiram se manter em pé mesmo com os auxílios federais, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda e as linhas de crédito criadas pelo Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Segundo Fernando Blower, diretor executivo da ANR, estes são números relativos apenas às vagas formais de trabalho, com carteira registrada. No entanto, a entidade estima que os informais, que formam parte significativa do serviço dos restaurantes, podem somar ainda mais vagas encerradas. “A gente acredita que pode chegar a um milhão de trabalhadores afetados indiretamente, como o pessoal que trabalha por taxa ou temporários”, explica.

No âmbito federal, Blower diz que é preciso estender o prazo de carência de quem conseguiu contrair empréstimos através do Pronampe, já que as parcelas começam a vencer nos próximos meses mesmo com um movimento ainda muito baixo nos bares e restaurantes brasileiros. Ele pede, ainda, uma nova rodada do programa.

A entidade também pede a renovação do programa de suspensão ou redução das jornadas de trabalho, pois muitas capitais ainda estão restringindo o atendimento presencial e a venda de bebidas nos bares e restaurantes, como é o caso de Maceió.

AUXÍLIO

Após inúmeras solicitações e do início da campanha ‘Vamos dividir a conta’, o Governo de Alagoas extinguiu o pagamento da substituição tributária na aquisição de alimentos,isentou do ICMS do Simples Nacional até junho de 2021, do ICMS da energia elétrica até junho de 2021 e outros auxílios.

 

 

 

*Com Gazeta Web

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