Prefeitura prevê “dança das cadeiras” em secretarias de Palmeira dos Índios

O que esperar do prefeito reeleito Júlio Cezar (MDB) a partir de agora? Essa pergunta que, muitas vezes, pode parecer partir apenas do eleitor e do cidadão, também é feita por quem está dentro da máquina pública. Pouco mais de três meses do começo oficial do novo mandato do emedebista, que terá validade até 2024, existe um movimento em curso que deve imprimir um novo ritmo em processos internos e, principalmente, elevar a régua de cobrança junto a secretários e aos chamados CCs (os cargos em comissão), que, quase sempre, ocupam funções por meio de indicações.

Ainda neste ano, após o mundo ser acometido pela pandemia da Covid-19, que teve reflexos aqui (com mais de setenta óbitos), a administração já pensava em colocar em prática uma ampla reforma administrativa.  Começando no dia de ontem a mudança do ex-secretário de Saúde, Diorgenes Costa, que foi exonerado do cargo e substituído prontamente por Marcos Rêgo, agora, ex-secretário de Planejamento.

O fato é que a “dança das cadeiras” ocorrerá, e nomes serão ceifados, substituídos e, outros tantos, já estão sendo cortejados para que se somem à empreitada de Júlio Cezar, que é a de superar a gestão anterior e atender os anseios da população, já que poucas ações de relevância foram postas em prática durante a pandemia pela pasta da Saúde.

Segundo informações de bastidores, ao menos quatro Secretarias contarão com novos gestores. Uma delas, a infraestrutura,  que tem como gestor, o engenheiro civil  Tiago Diógenes, que pode ser substituído pelo atual secretário de Agricultura do Estado, João Lessa. A pasta que Lessa ocupa está na cota do deputado federal Marx Beltrão (PSD), que já pediu para trocar o titular para compor o time de Renan Filho. O indicado é o irmão dele, Maykon Beltrão, que perdeu a disputa para a prefeitura de Coruripe contra Marcelo Beltrão.

Lessa foi indicado pelo deputado federal. A proposta seria mantê-lo como adjunto, só que não foi aceita e tudo aponta para a nomeação de Maykon.

Outra suposição, é a Secretaria de Articulação, ocupada pelo ex-vereador Antônio Fonseca, que pouco tem feito para diminuir o impacto entre Executivo e Legislativo.

Ainda segundo informações, a tentativa de JC é tornar “as rotinas mais inteligentes”. O papel dos servidores de carreira deve ser valorizado.

A tendência é que os espaços de tomadas de decisão fiquem concentrados naqueles que durante a pandemia ajudaram o prefeito na condução do município. Devido ao alto índice de casos confirmados e mortes, a saúde seguirá sendo o carro-chefe, mas a ela se soma a urgência de dar um enfoque maior à economia local que passa por situação difícil por causa da regressão à fase vermelha.

As expectativas vêm se elevando entre os gestores. A ideia é que ele faça frente a um movimento que traga para o entorno dele as questões mais administrativas e estruturais da máquina pública. Se isso vier a ocorrer, Júlio Cezar ficaria mais livre para tratar das questões políticas como, por exemplo, a busca por recursos junto aos governos federal e estadual e, ainda, estreitar as relações com o Legislativo – uma situação em que o governo falhou na interlocução nos últimos meses.

 

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