Karol Conká diz que trabalhará em novo álbum e não vai procurar Arcrebiano
Karol Conká começou a fazer uma avaliação do que viveu no BBB 21 (Globo). A cantora, que era uma das participantes mais populares do grupo camarote, acabou sendo eliminada com 99,17% dos votos, o recorde entre todas as edições do programa.
“Acho que eu comecei bem, mas logo depois me perdi no jogo”, disse em entrevista cedida pela Globo. “Acabei me irritando facilmente, entendendo coisas de maneira errada e entrando na personagem de vilã. E saí batendo recorde.”
“Essa personagem da vilã veio com a tristeza de estar fora do controle”, afirmou. “A sensação que eu tinha era a de que eu estava ficando amarga a cada dia e me distanciando de quem eu realmente sou aqui fora. Eu fui ficando triste e me sentia confortável em praguejar.”
“Cheguei a falar que queria sair, porque eu estava me distanciando de mim mesma”, lembrou. “Mas percebi o quanto foi importante essa experiência para eu me conhecer. Só que quando eu falo ‘para eu me conhecer’ é um pouco estranho porque eu realmente não sou desse jeito. Foi ‘me conhecer dentro desse jogo’, aqui fora eu não sou assim. Se eu fosse, não teria chegado onde eu cheguei, e nem no BBB.”
A dona do hit “Tombei” disse que ficou surpresa com a própria “falta de noção”. “Eu sou muito sensata, as pessoas me falam muito isso”, garantiu. “E a minha falta de sensatez no confinamento foi algo que me surpreendeu.”
Karol também não imaginava que ia se meter em tantas tretas. “Senti, em determinado momento, que eu estava sendo uma perturbação na casa, e por isso falei que precisava ir embora”, afirmou. “A minha boca não para de falar, eu confundia a galera porque eu já estava confusa.”
Ela também avaliou seus acertos dentro do confinamento. “Meu maior acerto foi ser sincera, falar para as pessoas todas as coisas positivas que eu estava pensando e tinha para dizer”, disse. “E os looks também (risos)!”
“Convivendo, as pessoas podiam me sentir melhor e tinham um carinho por mim”, contou, lembrando que foi colocada no pódio por diversos participantes. “Havia muita gente ali que me achava forte e querida. Acho que esse pódio mostra para o público que eu não sou tão vilã assim.”
“O mais especial foi sentir afinidade por um número de pessoas que eu não esperava”, contou. “Eu achei que me sentiria muito deslocada, então foi muito legal encontrar pessoas que pensavam como eu. Eu me diverti muito. Fora as festas! Se tivesse festa dia sim, dia não, talvez a Carminha e a Nazaré não tivessem nascido em mim (risos).”
Ela afirmou que pretende manter contato fora do programa com Nego Di, Lucas Penteado, Lumena, Projota, Gilberto, Juliette, Sarah, Rodolffo e Caio. Além disso, está torcendo para Gil vencer o jogo. “Eu acho ele a cara do BBB”, garantiu. “Fiquei muito feliz de ter conhecido o Gil.”
Por outro lado, também foram muitos desacertos. “Meu maior erro foi ter mergulhado na tristeza de não poder estar no controle da minha vida”, avaliou. “Eu conseguia controlar as lágrimas, mas o resto não controlava, não.”
Mesmo assim, ela acha que o público a veria de forma diferente se convivesse com ela. “Acho que é uma visão exagerada [considerá-la uma vilã], mas eu super entendo”, disse. “Se o público estivesse lá dentro, ia apenas achar que eu estava com um problema de animosidade, não que eu sou uma vilã real.”
“Mas houve momentos em que eu brinquei de ser vilã com o Nego Di”, lembrou. “Acho que não teria muita graça um programa inteiro com todo mundo só sendo fofinho. Então acabei me deixando levar.”
“Eu sou muito intensa”, lembrou. “A última vez que eu me reuni em uma casa com várias pessoas foi aos 16 anos, com amigos. Eu já recusei vários convites de amigos próximos para ir para a praia, viajar, porque eu não gosto muito de bagunça, tenho pavor de sujeira.”
“Isso foi me deixando meio ‘lelé’ no BBB”, revelou. “Eu limpava tudo todo dia, ficava focada naquilo. Eu imaginei que isso poderia me causar problemas, mas não imaginei que seria nessa proporção.”
Karol disse que agora percebe a “realidade paralela” que ela criava, distorcendo alguns fatos na casa, que foi apontada por muitas pessoas nas redes sociais. “Chegou um ponto da minha loucura em que eu realmente acreditava naquelas coisas, não fazia por maldade”, afirmou. “E outras pessoas também achavam a mesma coisa que eu, então foi uma loucura coletiva o que rolou.”
“Até mesmo com o Lucas”, lembrou. “A casa toda tinha medo das explosões dele, mas tinha o momento de susto e o momento de acolhimento. Tanto é que a gente fez as pazes lá dentro, ele chegou a me agradecer, dizendo que eu lembrava a avó dele. Eu não sabia se isso era bom ou ruim, mas acho que ela não ficou feliz com a comparação (risos).”
Outra coisa que ela comentou foi o relacionamento com Bil (Arcrebiano) no confinamento. “Mais um sinal de loucura!”, disse. “Ele vinha falar comigo, os amigos em volta incentivando, o Nego Di com aquele jeito dele loucão dizendo: ‘Vai, te permite’. E eu também pensei: ‘É, se eu me permitir assim, vou ficar mais leve’. Mas não foi o que aconteceu. E fiquem calmos que eu não tenho intenção nenhuma com o Bil (risos)!”
Agora, com outra visão do jogo, ela diz que faria algumas coisas de modo diferente. “Eu teria me preparado melhor para entrar no BBB”, afirmou. “Deveria ter aprendido a lidar melhor com meus demônios, porque lá dentro teve muito gatilho que despertava coisas em mim que ninguém tem culpa.”
Ela finaliza contando quais são os planos para o futuro. “Vou trabalhar no meu novo álbum e procurar uma terapia