‘Pode custar a vida da pessoa’, diz marido de mulher que morreu após procedimento estético clandestino em Alagoas

“Eu não sabia que ela ia fazer a aplicação. O que ela me contou era só que ia conversar com a mulher para saber como seria o procedimento. Só isso. Então eu falei para ela que se quisesse, ela fosse, mas que não fizesse o procedimento”, disse Wanderson Dias.

A aplicação de hidrogel foi realizada em um resort no Litoral Norte de Alagoas. Susana passou em mal em casa, em Maceió, e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE). A causa da morte foi embolia pulmonar, de acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML).

Segundo o delegado Robervaldo Davino, o procedimento foi feito de maneira clandestina. Ele disse que pediu a prisão da mulher que aplicou o produto em Susana, e que ela vai responder pelos crimes de homicídio doloso e prática ilegal de medicina.

O delegado disse que a mulher é de Salvador, na Bahia, e recebeu R$ 4 mil da vítima.

“Nós iremos concluir o inquérito, fazer as devidas representações. Até ontem um entendimento da gente é que poderia ser homicídio culposo, agora entendemos que é homicídio doloso. A mulher vai responder por homicídio doloso. Inclusive conversei com alguns cirurgiões plásticos, eles disseram que esse tipo de atividade é totalmente clandestina. Então inclui dois crimes: praticar a medicina sem ter a devida qualificação e segundo o homicídio, pois a moça veio a falecer tendo em vista a ingestão do produto químico”, explicou.

O marido fez um alerta sobre procedimentos clandestinos.

“Se for [fazer qualquer procedimento estético], procure um especialista na área, porque não é uma brincadeira. Pode custar a vida das pessoas como custou a da minha esposa”, disse.