Flamengo é derrotado pelo Ceará e aumenta pressão sobre Rogério Ceni
Antes mesmo de a bola rolar, as mudanças na escalação do Flamengo se tornaram um refletor voltado para Rogério Ceni. Não tinha meio termo: daria muito certo ou seria um desastre. Ao optar pela barração de Gabigol e dos jovens Natan e Hugo Neneca, o treinador só aumentou a enorme insatisfação que gira em torno de seu nome. Além de distanciar o clube da briga pelo título brasileiro, a derrota por 2 a 0 para o Ceará ontem, no Maracanã, colocou mais lenha nesta grande fogueira que o comandante se encontra.
Ceni tem argumentos e justificativas para as suas escolhas, mas a realidade é que nenhuma das ideias funcionou — não apenas pelas entradas de César, Gustavo Henrique e Pedro como titulares, mas por em momento nenhum o Rubro-Negro mostrar que aspira algo neste Brasileiro. Espera-se o mínimo de evolução e desempenho de uma equipe que está tendo semanas livres para treinar, mas nada disso foi visto no Maracanã.
Desde o minuto inicial, a impressão era de que quem jogava em casa era o Ceará. O Flamengo teve a bola, mas a lentidão o fazia ser facilmente marcado. A baixa intensidade também deixava espaços facilmente aproveitados pelo Ceará. Assim nasceu o gol de Vina: de um lançamento para Léo Chú, que teve tempo de carregar e driblar antes de cruzar para o meio-campista, livre da entrada da área, encher o pé.
Para não dizer que não houve nada positivo, a entrada de Diego Ribas melhorou o Flamengo, mas até isso colocou em xeque as escolhas de Ceni. Se Gustavo Henrique mereceu ser titular, por que tirá-lo no intervalo? Se Gabigol não tinha condições de atuar, por que demorou tanto colocá-lo no lugar de qualquer um dos atacantes que faziam péssimo jogo? O Rubro-Negro só pressionou quando Guto Ferreira recuou a equipe cearense.
No fim, o contra-ataque definiu a partida. Kelvyn recebeu lançamento e finalizou cruzado para fazer o 2 a 0. Em falha de César, outro escolhido por Rogério Ceni.