Vacina contra Covid-19 é aplicada em 36 países e já imunizou 9,9 mi de pessoas

Ao menos 36 países já começaram a aplicar vacinas contra Covid-19 em suas populações, de acordo com a organização não governamental Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, que realiza levantamento a partir de informações oficiais dos órgãos de saúde. Até quinta-feira (01), 9,9 milhões de pessoas tinham recebido imunizantes contra o coronavírus. A vacina é a principal arma para deter a pandemia mundial.

As principais imagens deste momento histórico vieram do Reino Unido, em 8 de dezembro e, até aqui, cerca de 1 milhão de pessoas foram vacinadas no grupo de países. Na China, o imunizante contra a Covid-19 já foi aplicado em 4,5 milhões de pessoas. A Rússia começou sua campanha nacional em 15 de dezembro e, por enquanto, conta 52 mil vacinados. Na América Latina, a imunização está sendo realizada em caráter emergencial na Argentina, Chile, Costa Rica e México. O Brasil, entretanto, ainda não tem nenhuma vacina aprovada seja para uso emergencial ou em registro definitivo e, o melhor cenário, é que a vacinação comece em fevereiro.

Anvisa

Em entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo neste sábado (2/1), a diretora de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Sousa Freitas, voltou a afirmar que a liberação dos imunizantes depende de pedido de aprovação feito pelas empresas.

“O papel da Anvisa é ofertar ao serviço público e ao privado vacinas de qualidade. Não fazemos parte do processo de aquisição. Da parte regulatória, falta as empresas trazerem os dados para a avaliação da Anvisa. Temos regras semelhantes às do mundo. Não há aqui empecilho para avaliação de uso emergencial ou registro”, afirmou.

De acordo com a agência, a partir do pedido de uso emergencial, a liberação das vacinas pode acontecer em até menos de dez dias pois a avaliação dos fabricantes – inclusive com visitas aos centros produtores – já vem sendo feita pela equipe técnica do órgão regulador. Pelas regras brasileiras, o uso emergencial pode ser solicitado apenas para vacinas que estão sendo testadas aqui (Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Coronavac e Johnson e Johnson).

Uso emergencial

A expectativa é que, nesta semana, as farmacêuticas Pfizer e a Fundação Oswaldo Cruz, parceira da AstraZeneca no Brasil, peçam o uso emergencial de seus imunizantes que, inclusive, já obtiveram autorização temporária em outros países. No entanto, ainda há dúvidas se esta será a estratégia usada pelos fabricantes, que já tem acordos fechados com vários países.

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