Músicos profissionais se posicionam contra decreto que proíbe música ao vivo nos bares
Músicos e outros profissionais que trabalham no ramo se posicionaram contra o decreto do governo de Alagoas que proibiu música ao vivo durante 15 dias a partir desta quinta-feira (24). Eles alegam que ficarão desempregados novamente depois de vários meses sem trabalho por causa da pandemia de Covid-19.
O G1 tenta contato com a assessoria do Governo.
Muitos profissionais da categoria se manifestaram pelas redes sociais. Um deles foi o cantor Thuca Martins, que em entrevista ao G1 falou em nome de vários colegas de profissão que ficarão sem trabalho por causa da proibição de música ao vivo.
“A gente já passou muito tempo esse ano parado, sem trabalhar. A gente voltou agora. Primeiro teve o primeiro decreto, quando a gente voltou conseguimos nos adaptar, tomar os cuidados. A gente estava se cuidando”, disse Thuca.
Ele também fez questionamentos. “Qual a diferença de ter um bar com 50 pessoas com música eletrônica e entre um bar com 50 pessoas e a gente [músicos] tocando no bar?”, reclamou.
Por meio do decreto, o governo de Alagoas também limitou o horário de funcionamento de bares e restaurantes em todo o estado até meia-noite.
Campanha da Abrasel
— Foto: Divulgação/Abrasel
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) criou uma campanha para que os associados possam ajudar os profissionais que vivem de música ao vivo em bares e restaurantes de Alagoas.
A Abrasel pede que os proprietários de bares e restaurantes façam duas coisas:
- Se trabalha com música ao vivo no bar ou restaurante, manter o estilo musical de cada cantor que se apresentaria tocando em som ambiente, sem a apresentação do cantor.
- Sugerir, de maneira voluntária e obrigatória, que os clientes e frequentadores paguem um couvert solidário de R$ 3 e reverter 100% do dinheiro arrecadado ao músico que apresentaria no estabelecimento no dia.
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