Rodrigo Cunha “depende” de JHC pra disputar governo
Um dos maiores partidos de Alagoas no governo de Téo Vilela (2007 /2014), o PSDB saiu das urnas encolhido nas eleições de 2020. Elegeu apenas dois prefeitos ante 17 no pleito anterior. A bancada de vereadores em Maceió também encolheu. De quatro para apenas 1.
No novo cenário, o PSDB elegeu menos prefeitos que MDB (38), PP (28), PTB (12), PSC, PSB, Republicanos, PL e PSD (cada um com três).
O encolhimento só não foi maior porque Pedro Vilela, primeiro suplente de deputado federal pelo PSDB vai assumir a vaga a partir da posse de JHC (PSB) na prefeitura de Maceió.
E está nas mãos – ou melhor na gestão – do futuro prefeito da capital a viabilidade de uma eventual candidatura do senador e presidente do PSDB em Alagoas, Rodrigo Cunha, ao governo em 2022. O plano, ao que se sabe nos bastidores, sempre foi esse.
Mas os caminhos que levaram o PSDB à aliança com JHC também dividiu o partido. A deputada federal Tereza Nelma dá sinais de que pode sair da legenda, após romper com Rodrigo no processo a antecedeu as convenções municipais.
A única vereadora do PSDB em Maceió, Teca Nelma, filha da deputada, segue a mãe politicamente. Os dois prefeitos eleitos no interior, podem até permanecer no PSDB, mas têm compromissos com outros grupos políticos.
Restará a Cunha, no quadro de hoje, torcer e trabalhar muito por uma boa gestão de JHC em Maceió. A capital tem o maior peso na eleição do governador e senadores. Ou seja, a popularidade do futuro prefeito daqui a um ano e meio será decisiva para Rodrigo.
O senador tucano terá também que se viabilizar no interior, onde as bases estão divididas, praticamente meio a meio, entre outras forças políticas.
Enquanto isso, os dois grupos mais fortes da política alagoana – o de Renan Filho (MDB) e de Arthur Lira (PP-AL) e Marcelo Victor (SD) já começam a se articular para eleger o próximo governador. Mas essa é outra história.
Blog do Edvaldo Junior/ Gazeta Web