Secretário da Saúde de AL diz que vacinação contra a Covid-19 no estado começa em fevereiro
O secretário da Saúde de Alagoas, Alexandre Ayres, disse em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (17) que 500 mil doses da CoronaVac começarão a ser aplicadas no estado já em fevereiro de 2021. Devem ser vacinadas primeiro as pessoas dos grupos prioritários e profissionais da Saúde.
A CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Só estamos aguardando a aprovação da Anvisa. Uma comissão composta pela Sesau, MPE, MPF e os conselhos municipal e estadual de saúde vai definir quem são as pessoas do grupo prioritário e que irão receber logo a vacina. Em média, serão vacinados 80 profissionais da saúde”, disse o secretário.
Ayres reforçou o interesse do estado em comprar 1 milhão de doses da CoronaVac diretamente do Instituto Butantan caso não haja agilidade do Ministério de Saúde em enviá-las ao estado.
O secretário disse ainda que as doses das vacinas serão armazenadas em geladeiras comuns. “Iremos ter toda uma logística para essa vacina porque só teremos pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Teremos uma segurança na aquisição e destinação destas vacinas, para que elas vão para o público correto”.
Aumento dos casos de Covid-19
O secretário da Saúde disse que as aglomerações políticas durante o período de campanha foram fundamentais para o aumento do número de casos. O estado ultrapassou a marca de 100 mil casos confirmados da Covid-19 na última quarta (16).
“As aglomerações políticas também foram causadoras do aumento da transmissão, mas nós precisamos dar um basta. Cada um precisa fazer a sua parte. Não podemos ficar agarrados em erros anteriores com salvaguarda para podermos ir às ruas”, afirmou Ayres.
Sobre o grande número de casos suspeitos do novo coronavírus, o secretário disse que os dados não são novos. “São dados acumulados, muitas vezes que não foram enviados pelas secretarias. Temos 8 mil casos suspeitos, que muitas vezes os municípios não enviaram. Então, não são casos dessa semana. É preciso ter muito cuidado com isso para não assustar a população”, disse.
E reforçou que não está no radar do Estado a possibilidade de um novo fechamento dos setores produtivos.
“Não teremos nenhum movimento de regresso nas faixas [fases da Matriz de Risco]. Nosso último decreto do dia 30 de setembro continua valendo. Não há nenhuma previsão para fechar o comércio”, disse o secretário.