Saiba quem são as duas desembargadoras presas pela PF na Operação Faroeste

As desembargadoras do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis foram presas na manhã desta segunda-feira (14/12), alvos da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

A operação [e destinada à desarticulação de esquema criminoso voltado à venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Justiça da Bahia. A força-tarefa investiga também a participação de integrantes de outros poderes, responsáveis pela blindagem institucional do conluio.

Além da prisão das desembargadoras, também foi determinada a prisão preventiva de Ronilson Pires, operador do juiz Sérgio Humberto Quadros, e o afastamento do cargo e função de todos os servidores envolvidos nestas fases, o que inclui o secretário de Segurança do estado, Maurício Barbosa, e a ex-chefe do Ministério Público estadual, Ediene Lousado.

Além delas, também foi determinada a prisão preventiva de Ronilson Pires, operador do juiz Sérgio Humberto Quadros, e o afastamento do cargo e função de todos os servidores envolvidos nestas fases, o que inclui o secretário de Segurança do estado, Maurício Barbosa, e a ex-chefe do Ministério Público estadual, Ediene Lousado (veja aqui e aqui). Alguns dos alvos dos 36 mandados de busca e apreensão são os advogados Rui Barata Lima Filho, Arthur Gabriel Barata, Marcelo Junqueira Ayres Filho, Diego Ribeiro e Ivanilton Santos da Silva Júnior, filho do desembargador Ivanilton Santos da Silva. O gabinete do pai no TJ-BA também é alvo dessas medidas. As ações da PF ocorrem não apenas em Salvador, mas nas cidades baianas de Barreiras, Catu e Uibaí e em Brasília (DF).

DESDOBRAMENTOS DA FAROESTE

Em março deste ano, a desembargadora Ilona já havia sido alvo de uma investigação interna por conta da Faroeste. Na época, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a composição de uma comissão para apurar a atuação dela em relação à disputa de terras no Oeste baiano.

O caso começou a vir à tona meses antes, em novembro de 2019, com a instauração do Inquérito 1.258/DF. Os primeiros alvos da operação foram os desembargadores Gesivaldo Britto (então presidente da Corte), Maria do Socorro Barreto Santiago (ex-presidente da Corte), Olegário Monção Caldas e Maria da Graça Pimentel. Supostamente criado por Adailton Maturino dos Santos, chamado de “quase cônsul”, o esquema criminoso consistia na legalização de terras griladas no Oeste do estado.

 

 

Metrópoles

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