PSDB é o que mais elege prefeitos nos grandes centros, mas perde poder ante 2016
Com 8 vitórias de 2º turno, o PSDB conquistou o comando de 18 das 96 cidades mais importantes do país –grupo que engloba as capitais e os municípios com mais de 200 mil eleitores (G96).
Esse resultado mantém o partido no topo do ranking de domínio político no grupo, mas com menos poder do que teve em 2016, quando conquistou 29 dessas prefeituras.
O MDB, com 16 eleitos, aparece em seguida. Na sequência estão PSD (10 prefeitos), DEM (10), PP (7) e Podemos (7).
O quadro evolutivo a seguir mostra o número de prefeitos de cada sigla nas maiores cidades brasileiras e como será o cenário a partir de 2021:
O PT elegeu 4 prefeitos nas maiores cidades. Com isso, recuperou parte do poder perdido em 2016, quando teve uma derrocada e conseguiu eleger apenas 1 nome no grupo. Mas a leve alavancada das candidaturas da sigla não foi suficiente nem para ultrapassar a marca de eleitos em 1996, época pré-eleição de Lula.
Na 1ª parte do pleito, o pestistas não conseguiram eleger nenhum candidato, mas foram os que mais tiveram postulantes no 2º turno: 15 nomes, dos quais 4 foram eleitos.
O desempenho de cada partido no G96 é importante porque 38,1% dos eleitores brasileiros vivem nessas cidades. Os resultados demonstram que os partidos do Centrão –grupo de partidos sem coloração ideológica clara– saem politicamente fortalecidos nesta eleição.
PSDB e MDB perdem espaço, mas continuam fortes. E a esquerda segue enfraquecida.
As eleições municiais são 1 teste para o pleito de 2022, mas não obrigatoriamente garantia de sucesso. As disputas pelas prefeituras são focadas em temas locais –dificilmente nacionalizada. Os tucanos lideravam o comando desses grandes centros em 2018, e Geraldo Alckmin –então candidato ao Planalto pelo partido– não engajou o eleitorado. Obteve apenas 4,8% dos votos na disputa presidencial.
CENÁRIO ELEITORAL
O Brasil tem 147,9 milhões de eleitores em 5.570 cidades. Mas 5.568 tem eleições para prefeitos e vereadores. Brasília (capital federal), onde há 2 milhões de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais).
Em Fernando de Noronha (PE) o caso é similar. A ilha pernambucana é considerada 1 distrito do Estado. Não tem prefeito e o número de eleitores é pequeno –pouco mais de 2.700. O governador pernambucano nomeia 1 administrador para cuidar da região.
Macapá, capital do Tocantins, ainda não escolheu seu governante. As eleições locais foram adiadas por causa de 1 apagão.
O TSE publica informações sobre os candidatos eleitos em 2020 em 3 bases de dados diferentes: o site de estatísticas eleitorais, o de resultados da eleição e o repositório de dados eleitorais. Há, porém, pequenas diferenças no número de eleitos em cada uma delas. Ou seja: um candidato que aparece como sub-judice em um dos locais de consulta pode aparecer como eleito em outro.
O tribunal diz que todos os locais de consulta têm informações fidedignas, mas que há dinâmicas de atualização distintas. Não há recomendação de em qual dos 3 buscar dados mais atualizados. O Poder360 opta por usar, quando disponíveis, as informações do repositório de dados de eleitorais, que permitem cruzamentos e análises mais aprofundadas.
Poder 360