Mandados são expedidos para desarticular bando suspeito de tráfico em Santana do Ipanema
Foi desencadeada, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (14), a Operação Ypanema, com o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa (Orcrim) especializada em tráfico de drogas no município de Santana do Ipanema, no interior de Alagoas. A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
O procedimento investigatório criminal (PIC) do Gaeco nº 06/2020, instaurado em conjunto com a 3ª Promotoria de Justiça de Santana do Ipanema, teve início em abril deste ano para desarticular uma organização criminosa com atuação no tráfico de entorpecentes e outros crimes correlatos na cidade de Santana de Ipanema.
Apontam as investigações do Ministério Público e das polícias que Tayane Wuessilla Ramos Santos Moraes é a principal responsável pelo desencadeamento de todas as infrações penais apuradas. Ela assumiu o comando do tráfico após seu marido, Marcelo Celestino da Silva, ter sido preso – ele continua sendo reeducando do Presídio de Segurança Máxima (PSM).
O organograma
O PIC também descobriu, de maneira pormenorizada, toda a estrutura da organização criminosa, com o seu organograma detalhado com relação à divisão de tarefas desempenhada por cada um dos membros. Fellipe Leandro da Silva, o Sonic, é o gerente e braço direito da líder, e sua esposa, Mayara Santos da Silva, auxilia-o na contabilidade da venda da droga comercializada. Pedro Henrique Pereira Santos Celestino é o integrante da organização que tem a função de vendedor, além de ser um dos braços armados da Orcrim.
O homem conhecido como Chico é considerado um dos principais vendedores de drogas da organização criminosa. José Wueslly Santos Moraes é irmão da líder, tem função de vendedor e distribuidor, e, ainda, auxilia na logística, fazendo o corte do entorpecente, a divisão e a sua posterior distribuição. Já Ana Flávia Rocha da Silva e um jovem identificado apenas como Luiz têm o papel de aviãozinhos.
As prisões e buscas deferidas
Ao requerer as prisões temporárias de todos os investigados, o Gaeco alegou que “a expressão da criminalidade organizada se efetiva pela propagação do terror (com a perturbação do sossego, da paz e da segurança pública), ostensiva distribuição de material ilícito (a exemplo de armas de fogo e substâncias entorpecentes) e o cometimento de roubos, usando como mecanismo de atuação à divisão territorial, o estabelecimento e apologia de doutrina do terror, códigos e procedimentos rígidos de conduta, teleologicamente orientados, em forma de verdadeira empresa criminosa”. Não foram alvo de prisão os homens identificados como Chico e Luiz.
Até o momento, foram presos Fellipe Leandro da Silva, vulgo Sonic; Tayane Wuessilla Ramos Santos Moraes; Ana Flavia Rocha da Silva; José Wueslly Ramos Santos Moraes, Vulgo DD; e Alan Luiz Azevedo Santos. Porém, não foram localizados Mayara Santos da Silva (está em Maceió) e Pedro Henrique Pereira dos Santos Celestino (está em Minas Gerais, mas a polícia local já está em buscas).
Após investigação, organização criminosa foi desarticulada
FOTO: SSP
As medidas de busca e apreensão também foram deferidas. “Além de capturar criminosos, a operação também quer retirar de circulação objetos que estejam sendo usados para a prática de crimes”, argumentaram os promotores de Justiça do Gaeco. Foram apreendidos uma pistola, uma quantidade de droga e uma quantia em dinheiro.
O efetivo participante
Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada, foram empregados policiais militares do 7º BPM e agentes da 2ª Delegacia Regional, da Polícia Civil (PC).
Todos os presos e materiais apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Santana do Ipanema para a confecção dos procedimentos cabíveis.
*Com assessoria MPE