O PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se elegeu, por exemplo, fechou, ao redor do país, 145 alianças com o PT. Em Luziânia (GO), uma das chapas concorrentes uniu as siglas PSL, PT, PDT, PRTB, PODE, PTC, PSD, PATRIOTA, PTB, PP e PSC.
“Nas eleições municipais, você tem influência muito grande da política local. As alianças não são criadas necessariamente porque os candidatos possuem vínculos partidários ou ideológicos, mas por que são aliados de longa data”, explicou o professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília Arnaldo Mauerberg Junior.
O gráfico a seguir mostra como é a situação para todos os partidos com mais de 2 mil candidatos a prefeito neste ano. Como é possível ver, existem todas as combinações. (Passe o mouse ou dedo por cima das cores)
Além disso, pesa também a capacidade de organização dos partidos. Quanto mais presente no município, mais cobiçada é a legenda. Isso explica, por exemplo, por que o MDB é o maior aliado do PT nas eleições para prefeito, apesar de as duas siglas terem rompido depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“O MDB é o maior partido do Brasil – assim como o PT e o PSDB – e continua sendo uma grande força organizacional, está em todos os lugares. O MDB não tem adversário, é o partido da governabilidade. Tem estrutura montada, cabos eleitorais”, apontou Mauerberg.