Belém e Jundiá têm mais eleitores que habitantes
Duas cidades alagoanas têm mais eleitores que habitantes. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que há excesso de 737 pessoas registradas para votar em Belém e Jundiá em relação à estimativa populacional do IBGE divulgada em julho de 2020.
Veja a situação detalhada por município:
Belém
- Eleitores: 4.836
- População: 4.284
- Excesso de eleitores: 552
- Número de eleitores aptos a votar equivale a 112,89% da população
Jundiá
- Eleitores: 4.322
- População: 4.137
- Excesso de eleitores: 185
- Número de eleitores aptos a votar equivale a 104,47% da população
A biometria confirma a diferença. Em Belém, são 4.811 eleitores com registro biométrico, 527 a mais que o número de habitantes. Já em Jundiá, são 4.263 registros biométricos, uma diferença de 126 pessoas.
O município com a maior diferença proporcional no país é Severiano Melo (RN), que tem 6.482 eleitores registrados, mas apenas 2.088 habitantes, uma diferença de 310%.
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) informou que as revisões de eleitorados de Belém e Jundiá estão em tramitação, mas não há previsão para serem realizadas. O TRE é quem arca com os custos da revisão eleitoral.
Ou seja, se a pessoa morava em um município e se mudou para estudar ou trabalhar, pode continuar votando na cidade de origem. Se tem um imóvel ou interesses comerciais em outra cidade, também.
Revisão do eleitorado
Nos casos em que há muita discrepância entre eleitores e habitantes ou que há um aumento da transferência de domicílios, a legislação prevê que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve fazer uma revisão completa do eleitorado.
A Resolução 22.586/2007, do TSE, determina que seja feita uma revisão do eleitorado sempre que for constatado que o número de eleitores é maior que 80% da população, que o número de transferências de domicílio eleitoral for 10% maior que no ano anterior, e que o eleitorado for superior ao dobro da população entre 10 e 15 anos, somada à maior de 70 anos no município.
*Com G1