Sargento que matou soldado alagoano em Sergipe é solto, mas afastado das funções

FOTO: ASSESSORIA PMSE

A Justiça de Sergipe concedeu liberdade provisória ao sargento José Matias Silva, preso em flagrante no último sábado (19) após matar o soldado Cristyano Rondynelli Gomes Melo. Os dois são do quadro da Polícia Militar de Sergipe (PM/SE). Rondynelli era natural de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, e foi sepultado nesta segunda-feira (21). Ele deixa esposa e dois filhos.

Na decisão, o magistrado Otávio Augusto Bastos Abdala impôs medidas cautelares ao sargento e determinou o afastamento deles das atividades policiais. “Dado o justo receio, ante o caso em concreto, da reiteração de infração penal, supostamente praticada no exercício das funções, devendo ser oficiado o Comando-Geral da Polícia Militar para cumprimento da medida”, diz trecho da decisão.

As medidas cautelares impostas ao sargento Matias foram: comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar suas atividades; proibição de ausentar-se da Comarca, sem autorização judicial, por mais de quinze dias, ressalvada a necessidade de internação hospitalar para tratamento de sua saúde; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga. De acordo com o magistrado, em caso de desobediência a qualquer das condições, o infrator deve ser detido imediatamente e a sua prisão comunicada à Justiça.

O CASO

O soldado Cristyano Rondynelli Gomes Melo, da Polícia Militar de Sergipe (PMSE), foi assassinado na noite desse sábado (19) na rodovia SE-230, no município de Monte Alegre. Melo tinha 34 anos e deixa esposa e dois filhos.

Ao portal G1 Sergipe, o relações públicas da PMSE, tenente-coronel Fabio Machado, contou que o soldado foi assassinado dentro do próprio veículo. Rondynelli foi vítima de um disparo de arma de fogo efetuado por um colega de farda identificado apenas como sargento Matias. Os envolvidos- vítima, suspeito e testemunha – estavam de folga.

O colega de farda, suspeito de ser o autor do crime, está preso e foi encaminhado ao Presídio Militar (Presmil). “As circunstâncias e a motivação, não temos conhecimento. O caso será apurado. A partir de agora, a investigação e apuração é com a Polícia Civil, que posteriormente encaminhará o inquérito à Justiça”, explicou o relações públicas.

Em nota, a PMSE diz que “as condutas dos policiais militares serão rigorosamente apuradas pela Instituição e reafirma seu zelo na proteção da vida, nela incluída seus integrantes”. A nota diz ainda que a instituição “adotou todas as medidas preliminares com o rigor e a agilidade que a situação requer, inclusive, procedendo com a prisão em flagrante do suspeito da autoria do crime”.

A VÍTIMA

O soldado Rondynelli ingressou na PM em 2015 e atualmente estava lotado no 7º Batalhão. Ele foi sepultado nesta segunda, em Santana do Ipanema.

 

 

*Com Gazeta Web

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