Alagoas tem menor taxa do país de trabalhadores associados a sindicato, diz IBGE

Foto de 2019 mostra trabalhadores ligados ao Sindicato da Educação durante manifestação no centro de Maceió — Foto: Ascom/Sinteal

Alagoas tinha 1,033 milhão de pessoas ocupadas em 2019, mas apenas 6,1% destas estavam associadas a algum sindicato, a menor taxa entre as unidades da federação. A informação é da PNAD Contínua Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2019, publicada nesta quarta-feira (26).

O levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice do estado foi menor que o registrado no ano anterior (6,7%) e metade do que o registrado em 2012 (12,3%), quando o número de pessoas ocupadas era maior, 1,098 milhão.

A tendência de queda vem desde a reforma trabalhista, ocorrida em 2017. Até então, todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, eram obrigados a pagar, uma vez por ano, uma contribuição ao sindicato de sua respectiva categoria profissional. Com a mudança legislativa, tal obrigatoriedade foi derrubada.

O estado que registrou o maior índice em 2019 foi o Piauí (23,9%). No Brasil, a taxa é de 11,2%.

Além dos dados de sindicalização, a PNAD Contínua também traz outras características do mercado de trabalho em Alagoas, como a quantidade de pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria, empreendimento registrado no CNPJ e trabalhadores domésticos em fazenda, sítio ou granja.

Veja os detalhes abaixo.

Cooperativas

Quando observada a taxa de trabalhadores associados a cooperativas de trabalho ou de produção em 2019, Alagoas não é o estado com a menor taxa nem com a maior, são 5,2%, o mesmo índice do país.

O estado com a menor taxa foi o Piauí (2,9%) e com a maior taxa, Santa Catarina (10,7%).

Em números absolutos, Alagoas tinha 305 mil pessoas classificadas como empregadores ou trabalhando por conta própria. Destas, apenas 16 mil eram cooperativadas.

Empregador e trabalhador por conta própria

O levantamento aponta também que o estado tinha em 2019 12,2% das pessoas ocupadas como conta própria no trabalho principal. No ano anterior eram 15,1% nestas condições.

Do contingente de 277 mil empregadores, apenas 34 mil estavam registrados no CNPJ.

Trabalhadores em fazenda, sítio, granja ou chácara

13,9% das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência estavam trabalhando em fazenda, sítio, granja ou chácara em 2019, um contingente de 108 mil pessoas.

Em números absolutos, houve uma variação de 5,9% em relação a 2018, mas uma queda de 45,5% em relação a 2012, quando eram 198 mil pessoas nesta situação.

No Brasil, a taxa de pessoas trabalhando nestes estabelecimentos é de 10,4%.

G1

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