Palmeira da realidade e o futuro enigmático

A data de 20 de Agosto sempre representará Palmeira dos Índios, e para os que se sabem com grande orgulho o que é realmente ser Palmeirense, este momento nos evidencia a nossa mão no peito e o poder dizer que temos homens e mulheres que nasceram para contribuir para o desenvolvimento de nossa terra. Muito bom  saber que a empresa multiplataforma Estadão Alagoas por meio de suas iniciativas, desde que nasceu, fez e faz parte dessa história.

Palmeira dos Índios completa seus 131 anos de emancipação política. Berço da cultura, considerada a terra do brilhante Graciliano Ramos – em tempos de memória rápida, é sempre bom lembrar: o escritor mais traduzido no mundo -, que é natural de Quebrangulo, mas radicou-se no lugar que tem o Cristo com braços abertos no alto da serra, abençoando tudo e todos que aparecem pela frente.

Há mais de 40 anos, se presenciava Palmeira dos Índios já em seu virtual declínio, em termos de desenvolvimento, tristemente, não sendo mais um polo de crescimento e trabalho. Isso veio se avolumando – para baixo, infelizmente – ao longo dos anos. Ora, vejamos, àquela época, a nossa vizinha, e hoje muito próspera Arapiraca, não tinha um comércio tão desenvolvido e atrativo como hoje, muito menos uma emissora de rádio.

Em se tratando de comunicação radiofônica, os arapiraquenses recorriam a Palmeira dos Índios, procurando, à época, a Rádio Educadora Sampaio, de propriedade do visionário e, talvez radialista até de nascença, Gileno Sampaio.  Promessa constante de crescimento, mas a pouca prática, quase inércia a fez quase parar no tempo. Sem querer colocar culpa em absolutamente ninguém, esse lugar de gente brava e guerreira precisa mais do que tentativas, merece ações, não apenas agora, mas sempre.

A cidade chegou a ter seis deputados – entre estaduais e federais, além de senador, a fingirem, ou à representar o povo palmeirense. Isso nunca se repetiu, no decorrer das últimas décadas. Triste realidade, de cujas consequências somos vítimas até hoje e a qual acolhe forasteiros e corruptos que povoam as páginas policiais.

Ano eleitoral, os munícipes devem ficar de “orelha em pé” e o dedo consciente na hora de votar.  Lembrando que a corrupção não é uma prática registrada, contabilizada e demonstrada em balanços, relatórios, estatísticas e indicadores oficiais. Porém, qualquer que seja seu tamanho, havendo exageros ou não, é certo que os desvios e desperdícios com dinheiro público são de magnitude tal que respondem por parte da miséria, pobreza, atraso e naufrágio da ética pública.

O que deixou de ser feito nas páginas viradas determinam diretamente o enredo dos capítulos atuais e vindouros e que venham com mais empenho, determinação, alianças do bem, mais atos heroícos e menos vilanias. Algumas personas “non grata” fazem questão de trazer para si o papel de vilã. Talvez esqueçam o final sempre reservado a essas personagens. Sem medo, mas movidos pela burrice e cegueira pelo que é do próximo, saem dos casulos, expõem-se, mostram as garras, os planos mirabolantes, com direito a intrigas, mentiras, maledicências e traições. Não precisamos nesse espaço citar nome(s), afinal os residentes da sempre habitada vilania já estão expostos.

O povo está de olho! Palmeira dos Índios não precisa da presença de forasteiros. O povo é o principal roteirista da história e dá sinais claros de cansaço das bravatas sem nexo, dos malandros e das malandras que agem em busca de trocados alheios. Talvez seja apenas uma dica a ser seguida para os roteiristas secundários, mas também construtores da realidade e da história a ser contada lá na frente.

Recomendações, lembranças e avisos apresentados, esperamos e torcemos para que Palmeira dos Índios trilhe pelo caminho de vitórias, crescimento, reconhecimento e brilho dentro e fora da nossa igualmente querida Alagoas.

Pelo quarto ano consecutivo, apresentamos o jornal impresso Estadão Alagoas, com a finalidade de destacar as coisas da nossa Palmeira dos Índios que, apesar da idade, é uma menina com a única intensão de ter seu lugar no recanto central na Estrela Radiosa Alagoas. Corre e vai buscar logo o seu exemplar..

Grazianne Duarte

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