Operação cumpre mandados contra tráfico internacional em AL e 12 estados

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A Polícia Federal (PF) de Pernambuco desencadeou uma megaoperação em Alagoas e mais 12 estados, nesta terça-feira (18), com o objetivo de cumprir 189 mandados. Batizada de Além-Mar, o objetivo da ação é combater o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

De acordo com a Polícia Federal (PF), estão sendo cumpridos 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão (20 prisões preventivas e 30 prisões temporárias), expedidos pela 4ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco. Os mandados são dirigidos a endereços e pessoas localizados em 13 estados, sendo, além de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e no Distrito Federal.

O processo de apuração dos crimes ocorre desde o ano de 2018. Ao todo, mais de 600 policiais federais atuam nesta grande operação.

Ainda segundo a PF, toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa pelos portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal no Rio Grande do Norte. Entre março e julho, foi apreendida mais de 1,5 tonelada de cocaína.

Conforme a assessoria de comunicação da PF, foi determinado, ainda, pela Justiça Federal o sequestro de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados e ao esquema criminoso, além do bloqueio judicial do valor de R$ 100 milhões.

PF de SP cumpre 22 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão

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DESDOBRAMENTOS

Quatro organizações criminosas autônomas, atuando em conexão, viabilizavam o esquema de tráfico internacional de drogas investigado na atual operação, por meio do qual toneladas de cocaína foram exportadas para a Europa via portos brasileiros, especialmente no Porto de Natal/RN.

A primeira célula do grupo, estabelecida em São Paulo/SP, promove, reiteradamente, a internação de cocaína através da fronteira do Brasil com o Paraguai, transportando-a via aérea até o estado de São Paulo e distribuindo-a no atacado para organizações criminosas estabelecidas no Brasil e na Europa

A segunda, estabelecida em Campinas/SP, parceira da anterior, recebe a cocaína internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.

A terceira, estabelecida em Recife/PE, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados, e provê a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos containers.

A quarta parte da organização criminosa, estabelecida na região do Braz, em São Paulo/SP, atua como banco paralelo, disponibilizando sua rede de contas bancárias (titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”)  para movimentação de recursos de terceiros, de origem ilícita, mediante controle de crédito/débito, cujas restituições se dão em espécie e a partir de TEDs, inclusive com compensação de movimentação havida no exterior (dólar-cabo).

Prisões em flagrante e apreensões de drogas ao longo das investigações caracterizaram um modus operandi dividido em três fases: INTERNAÇÃO da cocaína pela fronteira com o Paraguai e armazenamento no interior de São Paulo; TRANSPORTE INTERNO da droga para as regiões de embarque marítimo e armazenamento em galpões; TRANSPORTE INTERNACIONAL mediante embarque da droga em navios de carga (contaminação de containers) ou veleiros.

Durante a fase sigilosa das investigações, foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso. Dentre esses presos, estava um grande traficante, que permaneceu foragido da Justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e pela National Crime Agency – NCA, do Reino Unido. Ele foi preso em Jundiaí/SP em março/2019.

Policiais com malotes

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As investigações foram iniciadas no ano de 2018, a partir de informações difundidas à Polícia Federal, pela National Crime Agency – NCA, como resultado de parceria estabelecida para reprimir o tráfico de cocaína destinada à Europa.

Mesmo diante da situação de emergência de Saúde pública e o isolamento social imposto, o esquema criminoso não foi interrompido, tendo sido apreendida, entre os meses de março/20 e julho/20, mais de 1,5 tonelada de cocaína.

Será concedida entrevista coletiva na Superintendência Regional da PF em Pernambuco, às 10 horas.

 

 

Fonte: Assessoria

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