Manifestação reúne 10 mil pessoas na Tailândia

FOTO: SOE ZEYA/REUTERS

Uma manifestação na Tailândia reuniu cerca de 10 mil pessoas neste domingo (16), de acordo com a polícia de Bagcoc, no maior protesto no reino em muitos anos. As principais demandas dos manifestantes são dissolver o Parlamento e mudar a Constituição de 2017, que dá amplos poderes aos 250 senadores, escolhidos pelo exército.

No último mês foram registradas manifestações quase diárias lideradas por estudantes, para exigem uma reforma do governo do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, ex-comandante do exército que liderou um golpe em 2014 que instaurou uma junta militar que governo o país durante cinco anos.

“Há 10 mil pessoas na manifestação de estudantes”, declarou à AFP um porta-voz da polícia metropolitana de Bangcoc, enquanto o protesto prosseguia durante a noite.

Durante a tarde, manifestantes de todas as idades se reuniram ao redor do Monumento pela Democracia de Bangcoc, que foi construído em memória da revolução de 1932 que acabou com o absolutismo.

“Abaixo a ditadura”, gritaram os manifestantes, muitos deles com cartazes com críticas ao governo pró-militar de Prayut. Outros exibiam cartazes com o formato de uma pomba branca.

A tensão aumentou nas últimas duas semanas com a detenção de três ativistas, que foram liberados após o pagamento de fiança depois que foram acusados de sedição e violação das normas de saúde contra a pandemia de coronavírus.

Um deles, Parit Chiwark, que é um dos principais líderes do movimento, chegou ao protesto deste domingo protegido por vários manifestantes.

Inspirados parcialmente no movimento pró-democracia de Hong Kong, os manifestantes afirmam não ter líderes e receberam apoio em todo país, principalmente com as campanhas nas redes sociais.

“Uma data limite para a ditadura” e “Permita que acabe em nossa geração” foram as principais hashtags de domingo no Twitter na Tailândia.

Um protesto na semana passada, que reuniu 4.000 pessoas, também pediu a abolição de uma lei que protege a monarquia da Tailândia, assim como um debate sobre o papel que desempenha no país.

G1

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