Viva o DNA: Quando pais são espelhos para os filhos

“Quando eu crescer, quero ser igual a você” é, certamente, uma das mais comuns expressões que muitos pais escutam de um filho orgulhoso.

O pai em geral se transforma no herói de suas vidas e exercem tamanha influência, que há filhos que ao crescerem acabam seguindo o mesmo caminho profissional. A influência dos pais na escolha profissional de seus filhos pode ser positiva, no entanto, é preciso levar em consideração a vontade dos herdeiros em seguir os mesmos caminhos.

O Estadão Alagoas traz neste domingo (09) as histórias daqueles filhos que, tomados pelo orgulho e prazer das atividades que viam, desde a infância, serem exercidas por seus pais, resolveram assumir a paixão e abraçar a mesma carreira profissional.

Confira:

Empresário

Ex-diretor presidente das Rádios Educadora Sampaio AM (fundada em 1964) e Sampaio/FM, o empresário, Gileno Costa Sampaio se destacou na comunicação, considerado o “Cacique do Rádio”. Ele faleceu há quatro anos, mas seu legado permanece.

O filho de Gileno, que também carrega seu nome, revela que começou a trabalhar na rádio muito jovem nas férias do colégio, atendendo a um pedido de sua mãe, Carminha Caparica. “Passei em todos os setores da emissora, a Rádio Sampaio, e aprendendo cada função, além de ter sempre a orientação geral do meu pai, Gileno Costa Sampaio. De início achei chato, não gostava, depois foi se tornando algo essencial, um amor enorme” revelou Gileninho.

Ele começou aos 15 anos, seu pai o colocou para administrar a Rádio Sampaio FM enquanto, o radialista Antônio Oliveira administrava a Sampaio AM.

O pai percebeu a importância do caminho que o filho seguiu. “Aprendi com meu pai e com tantos companheiros da Sampaio AM, que me fizeram entender um pouco do nosso ramo e buscar sempre o melhor. Ele tinha muito orgulho por eu estar ao lado dele na rádio e depois na linha de frente, até porque a Rádio Sampaio era a vida do meu pai”, explicou.

Gileninho ressalta que o legado que seu pai deixou foi de simplicidade, de amor a Palmeira dos Índios e região  e servi-la através do rádio, sempre cuidando da população.

Gileninho casou-se com Moema, e hoje tem dois filhos, Arthur Sampaio e Gileno Sampaio Neto, um cursando medicina na UFAL, e o outro Engenharia Civil no Cesmac. Assim como o “Cacique do Rádio”, Gileninho revelou à reportagem que os filhos passarão a receber ensinamentos para que mesmo seguindo outras profissões saibam administrar as empresas.

 

 

Música

Quando o cantor Altemar Dutra, faleceu em 1983, se apresentando para a comunidade Latino-Americana, no clube noturno em Nova York durante um show, há 37 anos, seu filho, Altemar Dutra Júnior tinha apenas 14 anos.

Altemar Dutra, teve dois filhos com  a também cantora, Marta Mendonça, Altemar Dutra Junior e Deusa Dutra, mas apenas o filho que carrega seu nome, demonstrou interesse no ramo da música. “Desde cedo percebi que uma hora ia chegar”, lembra Altemar Júnior.

O filho diz que sempre costumava acompanhar os shows do pai junto com a irmã e relembra que algumas músicas cantou com ele no palco. “Minha infância foi muito legal, tendo minha mãe ao meu lado o tempo inteiro. Meu pai apesar da ausência física, sempre teve muito presente por conta de sua personalidade forte. Nós tínhamos um respeito muito grande, uma admiração enorme’, relembra.

O filho herdou o talento do pai e costuma se dedicar aos projetos da música com mais ênfase no resgate da MPB, herdando os fãs de Altemar Dutra. “Eu tinha um conhecimento grande desse repertório, devido ao convívio, sendo uma forma de manter meu pai próximo. Comecei a cantar com 24 anos, e era o repertório que eu tinha conhecimento. Foi uma opção, não fui obrigado a cantar seresta, nem bolero. Eu achava que tinha um mercado, tinha um público era uma herança e tento resgatar, e tem dado certo”, explicou.

Altemar Dutra Jr. apresenta o show “Sentimental Nós Somos”. O repertório é uma homenagem ao pai.

Mais que um tributo, “Sentimental Nós Somos” é um registro histórico e a celebração do que há de melhor na seresta, bolero e canção de todos os tempos. Altemar Dutra faleceu, mas seu legado permanece imortal.

 

 

Comunicação

Alagoas perdia há 12 anos um dos seus maiores ícones da comunicação radiofônica, Josmário de Araújo Silva. Iria-se também, nessa data, a eloquência, o destemor, a coerência, o conhecimento das causas, o respeito ao ser humano e o amor e verdade em se fazer Rádio.

Foi esse o Josmário a quem o ouvinte – seu público – admirou, respeitou e foi fiel. Os boletins da “MARCHA DAS APURAÇÕES”, eleição após eleição, só tinham talvez a veracidade necessária quando se ouvia dele: “A VONTADE DO POVO, A VERDADE DAS URNAS”.

Ledo engano, quem pensou que seu legado teria finalizado em 2007, quando sua voz, calou.

A veia destemida e com “sangue nos olhos’, seguindo-se ao profissionalismo e responsabilidade no trato com a informação, a jornalista Grazianne Duarte, trouxe a vontade de mostrar o que é certo ou errado, marca registrada de seu saudoso pai: Josmário Silva. “Desde os meus 7 anos, que vislumbrei um dia ser jornalista ou fazer qualquer outra coisa ligada a Comunicação. Meu pai inicialmente apoiou e orgulhou-se. Comecei a estudar em Maceió e estagiar no jornal Folha de Alagoas, do saudoso Byron Torres, que me deu a primeira oportunidade. Posteriormente, na Tribuna do Sertão, e Guiness Revista em São Paulo, à época, a única trilíngue do País, hoje, Ambiental Brasil. Fui sua repórter, no programa “A Vez do Povo” na Rádio Palmeira FM. Após o falecimento do meu pai, senti a necessidade de trabalhar no que é meu, com independência e sem amarras, seguindo sempre os ensinamentos do meu pai no que pude aprender com ele, e com a vida também. Ninguém nunca ousou desqualifica-lo ou questionar quaisquer que fossem suas matérias ou afirmações, posto que ele sempre esteve amparado com as suas convicções, além de outras fontes de muita confiança.”, afirmou a jornalista.

Em 2019, Grazi Duarte, como é mais conhecida, inaugurou a Rádio Web Estadão Alagoas. “Meu pai morreu fora do rádio, e isso antecipou um pouco sua morte. Infelizmente dizer a verdade incomoda. Na época, o então prefeito Cordeiro denunciou ao INSS que ele permanecia trabalhando, já que era aposentado por invalidez, e ele teve que optar. Isso fez com que a voz dele se calasse antes mesmo de morrer. E a Rádio Estadão foi uma forma de manter a memória do meu pai viva, dando vez e voz ao povo palmeirense e da região. Meu pai foi um espelho que nunca se quebrará, quando o espelho é bom, ninguém jamais morreu”, explicou.

Grazi como o seu pai, dentro de seu ESTADÃO ALAGOAS – empresa multiplataforma de comunicação – segue informando e abrindo espaço para os mais necessitados.

Progenitor, criador, gerador, linha ascendente que compõe uma família, ou uma amálgama que se resume na palavra “PAI”. Aqui fica a homenagem do Estadão Alagoas, à todos os Pais.

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