Escolha do vice pode definir próximo prefeito de Palmeira dos Índios
Pouco mais de três meses antes da eleição que vai definir o prefeito, vice e vereadores de Palmeira dos Índios, em 15 de novembro, o foco da campanha deixa de lado Mosabelle Ribeiro, Júlio Cezar e Dra. Sônia Beltrão para se voltar aos coadjuvantes da disputa, os vices.
E não é para menos, esta decisão pode definir o próximo prefeito. A escolha do candidato a vice é uma mensagem para o povo palmeirense a respeito do tipo de governo que se vai ter com cada candidato.
Para o atual prefeito Júlio Cezar (PSB), são várias as opções. Ele tem em seu leque o atual vice-prefeito, Dr. Márcio Henrique (PPS), o vereador Toninho Garrote (PP), filho da deputada estadual Ângela Garrote e o vereador e presidente da Câmara, Agenor Leôncio (PSB).
A nova aliança com os “Garrotes” não foi bem aceita por munícipes, mostrando ao mesmo tempo que a família quer se manter com prestígio e no poder.
O atual vice-prefeito, o médico, Márcio Henrique, é da tradicional família Simplício, foi vereador em 2017 e assumiu o cargo de vice-prefeito de Palmeira dos Índios, na composição vitoriosa com o prefeito Júlio Cezar nas eleições municipais de 2016. O médico foi bem avaliado à frente da Secretaria de Saúde, além de ter assumido a prefeitura por duas vezes nesse mandato, tornando-se uma ação histórica.
Já o vereador Agenor Leôncio, antigo aliado da família Beltrão, não descarta a possibilidade em ser o vice. Segundo informações de bastidores, a vaga de vice para a chapa de reeleição do grupo situacionista seria do edil. Leôncio é um dos nomes para ocupar a vaga na chapa majoritária, já que tem serviço prestado em 26 comunidades levando água para o povo mais carente.
Devido a pressão, Júlio Cezar chegou a usar as redes sociais para dizer que a vaga de vice ainda não foi preenchida.
Por sua vez, Mosabelle Ribeiro (PTB) e a juíza aposentada Sônia Beltrão (Patriota) ainda não ventilaram os propensos nomes. Comenta-se nos bastidores que o vice da chapa encabeçada pela ex-primeira-dama, pode ser o médico Fabian Fernandes.
A definição do coadjuvante nas chapas que disputam a prefeitura de Palmeira dos Índios é especialmente importante na atual disputa. Júlio Cezar tem tido dificuldade em convencer os mais conservadores a apoiarem Toninho Garrote como vice da chapa. Enquanto as outras duas candidatas tem tido dificuldades em escolher um nome de peso para ser o vice.
Escolha
A escolha do vice pode facilitar a conquista de públicos que não se decidiram ainda entre os candidatos. Além disso, o pré-candidato a vice-prefeito pode fazer a diferença em uma disputa apertada.
A relevância do vice-prefeito no governo depende de como for feita a escolha. Pré-candidatos à prefeito devem escolher um vice que tenha foco e que ajude a vencer a eleição. Por outro lado um vice muito popular pode ter o efeito oposto e ofuscar, enfraquecer, a candidatura dos eventuais pré-candidatos.
Nessa reta final, boatos, chutes e especulações devem tomar conta de sites e debates na rádio – para alegria dos correligionários e acirramento do povo palmeirense.