Defesa do tenente-coronel Rocha Lima, preso por homicídio em Maceió, nega as acusações

A defesa do tenente-coronel Rocha Lima, preso em Maceió por homicídio no dia 22 de julho, negou as acusações. Segundo os advogados, não há provas da participação do militar na morte de Luciano Albuquerque. (Confira na nota na íntegra).

Além do tenente-coronel Rocha Lima, o militar da reserva José Gilberto Cavalcante Góes, Wagner Luiz das Neves Silva e Gilson Cavalcanti de Góes Júnior foram presos em Maceió. Eles foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) por homicídio duplamente qualificado, pela morte de Luciano Albuquerque

Segundo a nota, encaminhada para a imprensa neste sábado (1º), o tenente-coronel não forneceu munições aos acusados para cometer o crime. “Não há qualquer ligação ou provas robustas e concretas que pese contra a pessoa do Coronel Rocha Lima no tocante a tais fatos, visto que as munições supostamente utilizadas no crime são de lote recebido por vários batalhões da polícia militar do Estado de Alagoas em idos de 2015, não estando Cel. Rocha Lima naquela época lotado em nenhum dos Batalhões citados”, diz o trecho da nota.

A defesa diz que lamenta o a apuração dos fatos e reforça que o militar desenvolve um bom trabalho na corporação. Disse ainda que vai buscar provas que comprovem a inocência do tenente-coronel.

Confira a nota na íntegra:

Os advogados Álvaro Costa e Fernanda Noronha Albuquerque, representantes judiciais do Tenente Coronel Rocha Lima, vêm, por meio da presente nota, esclarecer a distorcida informação que está sendo veiculada nos meios de imprensa sobre o crime ocorrido em 25/10/2019 tendo como possíveis envolvidos o Tenente da reserva JOSÉ GILBERTO CAVALCANTE GOES, GILSON CAVALCANTI DE GOES JÚNIOR e WAGNER LUIZ DAS NEVES SILVA. Busca-se, não se sabe com que intuito, criar uma ligação entre o Tenente Coronel Rocha Lima com o crime em questão sob a frágil suspeita de ter o mesmo fornecido munições aos outros 03 acusados. Contudo, não há qualquer ligação ou provas robustas e concretas que pese contra a pessoa do Coronel Rocha Lima no tocante a tais fatos, visto que as munições supostamente utilizadas no crime são de lote recebido por vários batalhões da polícia militar do Estado de Alagoas em idos de 2015, não estando Cel. Rocha Lima naquela época lotado em nenhum dos Batalhões citados. Destaca-se ainda, que mesmo que estivesse lotado há época dos fatos em quaisquer dos batalhões que receberam o lote das mencionadas munições, nada recai sobre sua responsabilidade funcional, vez que a distribuição e controle das munições não fica a cargo do Comandante do respectivo batalhão. Lamenta-se, profundamente, que talvez por desavenças com o orgão investigativo, o descuido na adequada apuração dos fatos, venha a expor um Coronel que desenvolve um trabalho de excelência dentro da Briosa polícia Militar, comandando batalhões de areas criticas, que sempre cumpriu fielmente seu múnus, em estrita observância às normas éticas de seu ofício. É válido ressaltar, que o oficial irá buscar todos os meios legais disponíveis, ante o recorrente sensasionalismo que se promove de sua imagem, com vazamentos à imprensa sem qualquer apuração pelo Poder Judiciário, até mesmo diante de outras circunstâncias que precisam ser devidamente esclarecidas e condutas investigativas que também precisam ser apuradas. Deste modo, causa estranheza a defesa, a execração pública que vem sendo promovida em face do referido coronel, muitas delas baseadas em fatos que dependem de rigosa apuração. Ademais, confiante na sobriedade e senso de imparcialidade da justiça alagoana, espera o cumprimento da Constituição ante a ausência total de elementos para qualquer tipo de julgamento onde a inocência do Tenente Coronel ANTÔNIO MARCOS DA ROCHA LIMA será devidamente confirmada.

G1

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