Preso policial condenado pelo homicídio do universitário Johnny Pino
A Justiça mandou prender o capitão da Polícia Militar Eduardo Alex da Silva Lima pelo assassinato do universitário Johnny Wilter da Silva Pino, em 2008. O réu foi condenado em segunda instância em 2013, mas a pena ainda não tinha sido executada. A informação foi confirmada ao G1 nesta quinta-feira (30).
O mandado de prisão, assinado pelo juiz Filipe Ferreira Munguba, da 7ª Vara Criminal da Capital, foi expedido na quarta (29).
“Determino que expeça-se o competente mandado de prisão em nome do condenado Eduardo Alex da Silva Lima da Guia, com validade de 20 (vinte) anos, providenciando o imediato registro em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça. (…) Mantenham-se os autos suspensos até a captura do acusado ou até a data que ocorre a prescrição da pretensão executória”, diz a decisão.
A prisão do militar era uma cobrança da família da vítima desde a sentença em segunda instância, quando ele foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado, além da perda da farda. Contudo, segundo informações do processo, a pena foi revisada para 12 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar às 16h30 para saber se foi cumprida a determinação de expulsão do militar da corporação, mas ainda aguarda retorno.
O crime aconteceu no dia 25 de maio de 2008. O PM alegou que Johnny Pino e um amigo passaram de moto em uma blitz, não respeitaram o ordem de parar e atiraram contra os policiais, que revidaram. Contudo, a perícia comprovou que nenhum dos dois jovens teve contato com arma de fogo.
O crime foi julgado duas vezes. Os parentes da vítima discordaram da primeira sentença, de dois anos de reclusão por homicídio culposo, e recorreram. Conseguiram a anulação do primeiro julgamento e uma pena mais dura, mas a defesa do réu recorreu, levando o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Este recurso foi negado e o caso voltou ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).