Covid-19: desenvolvimento de vacinas causa corrida para compra de ampolas

Vials of medicine or vaccine. Blue tint. Very narrow depth of field.

O mundo inteiro está observando, atentamente, os passos para a produção de vacinas contra o coronavírus. A Covid-19 será controlada apenas quando a população mundial estiver devidamente imunizada — só então, será possível voltar a uma vida parecida com a que se tinha antes do início da pandemia.

Além de métodos de imunização que possam ser reproduzidos em larga escala, também é necessário providenciar ampolas suficientes para armazenar e transportar as doses de vacinas. A preocupação já leva as indústrias farmacêuticas a se precaverem contra a possibilidade de um desabastecimento de ampolas.

Na melhor das hipóteses, até o final de 2020, serão produzidas centenas de milhões de doses de vacinas. No próximo ano, o número deve ultrapassar os bilhões e, apesar de a maioria das ampolas carregar mais de uma dose, provavelmente será necessário repetir a aplicação para garantir a eficácia da imunização.

Como poucas pessoas no mundo já estão imunes à Covid-19 (e não se sabe por quanto tempo), a maioria da população mundial vai precisar ser vacinada — somos cerca de 8 bilhões de pessoas.

A expectativa da indústria é um aumento na demanda de até 2 bilhões de ampolas nos próximos dois anos, de acordo com o jornal americano The Washington Post. O aumento representa uma alta da capacidade de produção entre 5% e 10%. O governo dos Estados Unidos, inclusive, já fechou um contrato de US$ 204 milhões para garantir os frascos para o país.

Segundo a agência de notícias Reuters, as ampolas são uma preocupação internacional e a AstraZeneca (responsável por produzir a vacina de Oxford), a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) e outras entidades já fizeram um alerta sobre a possibilidade de um desabastecimento que impactaria as campanhas de imunização ao redor do planeta.

“Ninguém quer ver o vidro ser a razão pela qual o mundo não terá acesso à vacina. Todos estamos trabalhando juntos e temos um objetivo comum, o de ter certeza que há ampolas suficientes”, afirmou Brendan Mosher, vice-presidente da Corning Pharmaceutical Technologies, que produz ampolas, ao Washington Post.

 

Metrópoles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *